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Turista que morreu ao cair de tirolesa no Ceará filmou momento do acidente

A cena da queda do turista de 39 anos foi gravada por ele e também pela namorada, em ângulo oposto - Reprodução/Redes Sociais
A cena da queda do turista de 39 anos foi gravada por ele e também pela namorada, em ângulo oposto Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL

25/10/2022 17h45

O turista Sergio Murilo Lima de Santana, 39, morto no Ceará depois que a tirolesa que utilizava para descer uma duna cedeu, gravou o acidente com o celular. A queda ocorreu em Canoa Quebrada, no município de Aracati, litoral do Ceará, no dia 10. A namorada dele, que havia utilizado o equipamento antes, registrou o acidente no ângulo oposto.

No vídeo, o turista surge empolgado, gritando de alegria enquanto desce a tirolesa montada nas dunas do litoral cearense. Durante o percurso, um dos postes que segura o cabo por onde a tirolesa desliza cede, fazendo com que Sergio Murilo caia, se chocando contra a areia.

Do ângulo gravado pelo celular da namorada do turista, é possível ver o momento em que a viga de sustentação tomba para a frente. É possível ouvir o suspiro de espanto da namorada assim que ele se choca contra a duna.

Sérgio Murilo era natural do Pará e passava férias com a família no litoral cearense. Além das praias, dunas e passeios de buggy, as tirolesas são algumas das principais atrações turísticas da região.

O corpo do empresário paraense foi enterrado no dia 13, em um cemitério na região metropolitana de Belém.

Em nota, a SSPDS (Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social) do Ceará informou que a Polícia Civil segue investigando as circunstâncias da morte do turista, pela Delegacia Regional de Aracati.

"A Polícia Civil aguarda o resultado do laudo pela Perícia Forense do Estado do Ceará, relacionado às condições das instalações e dos equipamentos do local em que o fato aconteceu. O documento, que subsidiará as investigações, está na fase de finalização", afirmou o órgão.

O UOL entrou em contato com prefeitura de Aracati, para obter detalhes sobre como funciona a fiscalização dos equipamentos e sobre a suspensão das atividades turísticas na área.

O órgão não detalhou como a fiscalização funciona, mas disse que todas as tirolesas e equipamentos similares do município foram interditados no dia 10, momento em que a "rigorosa avaliação técnica de cada um em parceria com órgãos técnicos" foi solicitada.

Segundo o órgão, as avaliações são feitas pelo Cea (Conselho Regional de Engenharia) e pelo Corpo de Bombeiros.

"Todos os equipamentos interditados permanecem assim, até liberação plena por todos os órgãos competentes, tanto municipais, quanto de regulação e fiscalização", afirmou o órgão.

A prefeitura também informou que as famílias dos trabalhadores que operavam esses equipamentos recebem assistência da Secretaria de Ação Social por meio de um Grupo de Trabalho intersetorial criado no mês de junho "para discutir a segurança das atividades, a partir das vistorias feitas pelo Corpo de Bombeiros em março". Nesse mês, ainda antes da morte do turista,10 tirolesas foram autuadas após perícia do Corpo de Bombeiros.