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Quinze pessoas morrem por dia vítimas de afogamento; saiba como agir

Quase 6.000 mortes por afogamento são registradas no Brasil anualmente - Joao Pedro Vergara/Unsplash
Quase 6.000 mortes por afogamento são registradas no Brasil anualmente Imagem: Joao Pedro Vergara/Unsplash

Lika Almeida

Colaboração para UOL

13/01/2023 04h00

Em apenas alguns dias de 2023, várias mortes por afogamento já foram registradas no Brasil. Não importa se é na praia, piscina, lago, represa, rio ou cachoeira, os banhistas devem redobrar a atenção quando o assunto é afogamento, principalmente no verão, período em que esses locais estão cheios.

De acordo com um levantamento da Sobrasa (Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático), divulgado em dezembro de 2022:

  • 5.800 mortes por afogamento são registradas no Brasil anualmente;
  • Crianças e jovens do sexo masculino são as principais vítimas;
  • Entre 15 e 21 anos, o número de óbitos é 16 vezes maior do que o de mulheres;
  • De 1 a 9 anos, mais da metade das mortes por afogamento acontece em piscinas.

Alguém está se afogando, o que fazer?

De acordo com o sargento do corpo de bombeiros de Goiás (GO), Dácio Rodrigues, especialista em guarda-vidas e mergulho em operações especiais como férias e verão:

  • Assim que vir um afogamento, evite entrar na água. É preciso ter noção de como fazer esse tipo de salvamento, do contrário, a reação de desespero da vítima ou a falta de preparo de quem tenta ajudar pode ocasionar o afogamento de ambos
  • Arremesse para a vítima algum objeto flutuante, como tampa de caixa térmica, boias, bolas e outros;
  • Peça ajuda a um profissional bombeiro ou guarda-vidas mais próximo;
  • Se não houver, ligue para o número 193 imediatamente informando o afogamento;
  • Aguarde a chegada dos profissionais de salvamento.

O que não fazer?

  • Não tente fazer o salvamento na água sem treinamento prévio;
  • Mesmo que a vítima esteja inconsciente após sair da água, não tente salvá-la com reanimação cardiorrespiratória ou respiração boca a boca se você não tiver treinado para isso;
  • Não tente levar a vítima ao hospital por contra própria, o estado de saúde pode se agravar.

Para que os banhistas não precisem passar pelos riscos de afogamento, alguns cuidados devem ser tomados, como:

  • Não ir além do limite da água na cintura;
  • Não saltar de cabeça em locais onde o fundo está fora de visão, evitando o risco de bater e pedras ou outros obstáculos;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas e entrar na água;
  • Prestar atenção na sinalização de bandeiras e placas;
  • Estar próximo aos postos de bombeiros e salva-vidas;
  • Usar itens de segurança como boias em crianças e coletes salva-vidas em adultos embarcados.