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Policial tem fotos usadas em golpe para vender suposto conteúdo adulto

Cris Carrijo, que também é instrutora de tiro, levou caso à Delegacia de Crimes Cibernéticos - Reprodução/Instagram
Cris Carrijo, que também é instrutora de tiro, levou caso à Delegacia de Crimes Cibernéticos Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

09/02/2023 14h18Atualizada em 09/02/2023 14h28

Uma policial penal de Goiás teve as fotos roubadas e usadas para divulgar um suposto site pornogrâfico. Os golpistas clonaram o perfil de Christyanne Carrijo, 40, usando a mulher como "isca" para roubar dados pessoais de usuários do Instagram interessados no conteúdo adulto.

"A conta que eles criaram tinha o meu nome, as minhas fotos e um link para um site malicioso. Supostamente, teria fotos pornográficas lá, mas não tem, é um site que serve para pegar senhas, clonar cartão", explicou a policial, que se apresenta nas redes como Cris.

Christyanne foi informada que o golpe é moda no estado. Os suspeitos não seguem um padrão ao escolher as vítimas, apesar de sempre roubar a identidade de mulheres que consideram atraentes. Ainda na terça, ela abriu um Boletim de Ocorrência virtual. Depois, ela foi à Delegacia de Crimes Cibernéticos, para onde o caso foi direcionado.

"A gente não tem noção de quem é, até porque atingiu muitas mulheres, aconteceu com uma seguidora minha, com uma colega minha. Não tem critério de quantidade de seguidores, não é isso, eles pegam mulheres que acham bonitas, que eles acham que daria para fazer o site. Deve ser uma máfia muito grande, mas não tenho ideia."

perfil clonado - Reprodução - Reprodução
Perfil clonado da policial Cris Carrijo tem link de suposto site pornográfico, feito para roubar dados
Imagem: Reprodução

Apesar dos esforços, o perfil falso continua no ar. A Polícia Civil confirmou à reportagem que o inquérito foi instaurado mas, segundo Cris, nenhum suspeito foi identificado até o momento.

"Eu quero conseguir uma liminar para derrubar tanto o site quanto esse perfil. Por enquanto, os dois ainda estão ativos, apesar de muitas denúncias. O transtorno maior é o constrangimento, as piadinhas, apesar de as pessoas que me conhecem saberem que isso não existiu. É vergonhoso, principalmente por eu ser uma servidora pública da área da segurança", afirmou a mulher, que também dá cursos como instrutora de tiro.