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Fotógrafo do coletivo Jornalistas Livres é morto a facadas no centro de SP

O fotógrafo Felipe Ary de Souza, de 25 anos, conhecido como "Terremoto", era colaborador do coletivo Jornalistas Livres - Rprodução/Instagram/@jornalistaslivres e @terremotosouza
O fotógrafo Felipe Ary de Souza, de 25 anos, conhecido como 'Terremoto', era colaborador do coletivo Jornalistas Livres Imagem: Rprodução/Instagram/@jornalistaslivres e @terremotosouza

Do UOL, em São Paulo

11/03/2023 21h10Atualizada em 13/03/2023 11h40

O fotógrafo e fotojornalista Felipe Ary de Souza, de 25 anos, conhecido como "Terremoto", foi morto após uma briga na madrugada de quarta-feira (8), na Avenida Ipiranga, na República, na região central de São Paulo. Ele era colaborador do coletivo Jornalistas Livres, que confirmou a morte do rapaz.

O que aconteceu:

  • Crime aconteceu em uma festa dentro de um apartamento. Policiais militares que atenderam a ocorrência informaram que uma mulher, de 23 anos, disse que ela e o namorado, também de 23 anos, tinham ido ao local para uma festa.
  • Em certo momento, Felipe e outros dois homens teriam discutido, segundo relato da jovem à polícia.
  • Os homens teriam se armado com facas, e Felipe foi ferido. Ele foi levado para o Hospital Santa Casa de Misericórdia, mas não resistiu aos ferimentos.
  • Duas facas foram aprendidas para perícia. Um dos homens que estava no apartamento fugiu.
  • A motivação da discussão teria sido ciúmes.

Imagens veiculadas pelo Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, mostram um homem e uma mulher limpando o chão do corredor e saindo do apartamento onde Felipe teria sido morto.

O caso foi registrado como homicídio pelo 2º Distrito Policial (Bom Retiro). Ninguém foi preso ainda.

O corpo de Felipe foi velado na manhã de hoje no Cemitério Nova Cachoeirinha, na Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo.

O coletivo Jornalistas Livres está fazendo uma vaquinha para ajudar nos custos do velório e sepultamento de Felipe, além de contribuir financeiramente com a mãe do rapaz, que deve ser despejada na próxima semana. A mulher teria tido um princípio de infarto na véspera do crime.

'Menino cheio de vida'

Nas redes sociais, o coletivo Jornalistas Livres escreveu que o jovem era um "menino cheio de vida".

Terremoto era um menino cheio de vida, criativo, inteligente, divertido, solidário, afetuoso, fazia a diferença onde quer que estivesse. Não era à toa que seu apelido era Terremoto. Aprendeu a ser fotógrafo, e dos bons, participando de reportagens nos Jornalistas Livres. Terremoto seguiu pelo mundo, foi fotografar os seus, os talentos periféricos, ele sabia bem de que lado estava.
Coletivo Jornalistas Livres

Lucas Campos, amigo de Terremoto, disse que ama o rapaz e prestou uma homenagem.

Em um momento nós tínhamos conversado sobre os seus sonhos. Você queria ser o melhor fotógrafo do mundo. E hoje vendo as suas fotos que estão aqui comigo, vejo que você tava caminhando pra chegar lá, afinal de contas, tu é o @terremotosouza o maior abalo da história da fotografia. Vou cuidar muito bem das suas fotos, eu prometo. Seus sonhos estão com a gente e você não será esquecido."