Comandante da PM-RN: 'Polícia apreendeu 30 artefatos de coquetel molotov'
Em entrevista ao UOL News nesta quarta, o coronel Alarico José Pessoa, comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, afirmou que desde ontem a polícia apreendeu 30 artefatos de coquetéis molotov. O oficial detalhou algumas das ações tomadas para coibir a onda de ataques comandados por facções criminosas que tomou conta do estado e entrou no segundo dia.
Da madrugada de terça até hoje, prendemos 28 indivíduos suspeitos. Houve duas mortes em confronto com a PM. Tivemos apreensão de drogas, de seis armas, de veículos e de artefatos explosivos de coquetéis molotov, usados para incendiar ônibus. Houve ataques em 17 cidades, entre Natal e interior. Alarico José Pessoa, comandante da PM-RN
Pessoa contou que cem militares da Força Nacional já chegaram a Natal para ajudar a restabelecer a ordem no estado. Ainda nesta manhã, oficiais da PM e da Força Nacional se reúnem para traçar os planos de combate às ações do crime organizado.
Estamos com todo o efetivo na rua, trabalhando com barreiras durante o dia e com intensificação de policiamento à noite. Hoje, pela madrugada, o governador chegou em um avião da Força Aérea com o efetivo da Força Nacional. Pela manhã, chegou outro avião, totalizando cem militares. Outros cem militares saíram de Brasília. Alarico José Pessoa, comandante da PM-RN
O que aconteceu?
Na madrugada de hoje, um incêndio foi registrado no prédio do INSS em Touros;
Outro incêndio também atingiu uma garagem de ônibus no bairro de Nossa Senhora de Apresentação, em Natal;
Além disso, caminhões e tratores foram incendiados no bairro Cidade Nova, também na capital potiguar.
- Em Natal, um comerciante morreu após reagir a uma investida criminosa dentro do mercadinho do qual era dono. Ainda não há comprovação de se o crime teve ligação com os ataques.
- Até o início da tarde de hoje, 31 suspeitos foram presos por suspeita de envolvimento com os atentados.
Josias: Momento de crise no RN requer parceria entre governos federal e estadual
Ao comentar sobre a onda de ataques no Rio Grande do Norte, Josias de Souza reforçou a necessidade de haver um trabalho conjunto entre os governos federal e estadual para o combate ao crime organizado. O colunista ainda destacou que a maneira mais eficiente de combater estas facções seria atacar suas fontes financeiras.
Não há outra coisa a fazer senão estabelecer neste momento de crise essa parceria entre o governo federal e estadual. Isso é um fenômeno que se tornou mais frequente do que seria aceitável no Brasil e mostra que o crime virou um grande negócio. As facções se tornaram grandes companhias de venda de entorpecentes e armas, e concorrem entre si. Dá a impressão de que enxugamos gelo e de que a paz só existe nas cidades brasileiras quando o crime a concede. Josias de Souza, colunista do UOL
Calejon: Bolsonaro cai em contradição típica de mentiroso ao falar de joias
Cesar Calejon considerou que as contradições de Jair Bolsonaro e Bento Albuquerque no escândalo das joias são características de quem mente. Ao analisar o depoimento do ex-ministro à Polícia Federal, o jornalista avaliou que a estratégia de tentar proteger o ex-presidente deu errado.
Espanta saber que um oficial esteja disposto simplesmente a cair em uma espécie tão simples de contradição e que vai contra aquilo que está gravado. Há a contradição do Bolsonaro que disse não ter pedido nem recebido [as joias]. Aí aparece um recibo de que o segundo estojo com as joias masculinas foi entregue no Alvorada e ele muda o discurso. É uma série de coisas que caracterizam contradições típicas de quem está mentindo. Cesar Calejon, jornalista
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