Símbolo neonazista, máscara de caveira foi usada em outros ataques
A máscara de caveira usada ontem pelo estudante de 13 anos no ataque a uma escola em São Paulo foi vista em ao menos outros três crimes nos últimos anos. Uma professora morreu e mais cinco pessoas ficaram feridas.
- Ataque a uma escola de Suzano (SP) -- em março de 2019;
- Sequestro na Ponte Rio-Niterói -- em agosto de 2019;
- Ataque a duas escolas de Aracruz (ES) -- em novembro de 2022.
De onde vem a máscara de caveira?
- A balaclava --máscara em que apenas os olhos ficam visíveis-- é utilizado pela Divisão Atomwaffen, uma organização neonazista norte-americana fundada em 2013.
- Nos últimos anos, foi adotada pela cultura pop (filmes, séries e jogos) como parte do figurino de psicopatas e assassinos.
- Na internet, a balaclava é vendida por cerca de R$ 25.
- No Twitter, apoiadores de ataques a escolas costumam postar fotos usando o item.
Apuração do UOL mostrou que o estudante autor do ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo, publicou diferentes fotos com o item, além de uma faca.
Outros ataques
O menino de 17 anos que planejou e executou o ataque a uma escola de Suzano, há quatro anos, publicou dezenas de fotos antes do episódio. Em algumas, mostrava uma arma. Junto com um rapaz de 25 anos, o adolescente matou oito pessoas na Escola Estadual Professor Raul Brasil. A dupla também morreu.
No mesmo ano, um rapaz de 20 anos sequestrou um ônibus com cerca de 40 pessoas e ameaçou atear fogo no veículo, no meio da ponte Rio-Niterói. O sequestro durou quase quatro horas e terminou quando um atirador de elite da Polícia Militar matou o sequestrador. Ninguém ficou ferido.
O atirador de 16 anos que matou quatro pessoas e feriu 12 em um ataque a duas escolas em Aracruz, no ano passado, usou a arma do pai, um policial militar, e roupas camufladas. Ele também usava a balaclava e disse que planejava o atentado havia dois anos.
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