'Eu dizia que não iria dar a minha filha', diz mãe de menina sequestrada
A mãe da menina de 2 anos que foi sequestrada por três pessoas na última sexta-feira (30), na capital paulista, diz que uma das mulheres suspeitas de envolvimento no crime tentava convencê-la a entregar a sua filha para que fosse adotada por ela. A criança foi encontrada ontem, três dias após ter desaparecido, em Santo André, na Grande São Paulo.
Ela falava que queria ficar com ela, mas eu dizia que não iria dar a minha filha."
Mãe da menina sequestrada
O que disse a mulher
A mãe disse que a suspeita de envolvimento no sequestro costumava ajudar a família. Ela ficou com a criança no colo, quando a mãe foi a um bar comprar cigarro, e a entregou para um comparsa que fugiu em um carro com outra mulher, segundo a Polícia Civil.
"Ela dava fraldas e frutas para a minha filha. Aí, ela combinou de me encontrar para me dar uma cesta básica [no dia do sequestro]", relatou a mãe da criança. Em situação de vulnerabilidade social, a mãe da menina vendia bala em um semáforo em Santo Amaro, zona sul da São Paulo, para ajudar no sustento da família.
"Quando eu voltei [após comprar cigarro], a menina não estava mais lá [com a suspeita]. Eu perguntava: 'cadê a menina?'. E ela só dizia que estava passando mal. Aí, eu fiquei desesperada, chorando", relatou. Um vídeo obtido pela Polícia Civil mostra o momento em que a suspeita entrega a criança para um comparsa.
O suspeito passa caminhando pela rua e se abaixa para pegar a menina no colo. Em seguida, ele entra em um veículo e foge com outra comparsa, enquanto a mulher que pegou a criança permaneceu no local.
[A sequestradora] se aproximou dizendo que queria ajudar a família, que passava por dificuldades financeiras. Ela também chegou a falar que queria adotar a criança e estava adquirindo a confiança da família da menina."
Marcel Druzziani, delegado do 11º Distrito Policial
O que se sabe sobre o caso
A Polícia Civil já identificou dois suspeitos do crime. Mas agora tenta confirmar com testemunhas o envolvimento deles para localizá-los e prendê-los pelos crimes de sequestro e cárcere. A outra mulher que estaria no veículo conduzido pelo sequestrador ainda não foi identificada.
Segundo a Polícia Civil, a família da menina se mudou há cinco meses do interior da Bahia para a capital paulista. A mãe da criança vende bala no semáforo. Já o pai trabalha como pintor.
Segundo a investigação, a mulher suspeita pelo sequestro se aproximou há meses da família da menina. No dia do sequestro, ela teria combinado um local de encontro com a mãe e a criança, dizendo que ajudaria a família.
Em um primeiro momento, a mãe da menina deu outra versão do caso, dizendo que a criança tinha sido levada à força. Depois, mudou, alegando que estava com medo de ser responsabilizada pelo sequestro.
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