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10 meses

Caso Henry: Veja prints que levaram Monique à prisão; defesa nega postagens

6.07.2023 - Monique Medeiros, mãe de Henry Borel e ré no caso que apura a morte do filho, volta à prisão - Reprodução/TV Globo
6.07.2023 - Monique Medeiros, mãe de Henry Borel e ré no caso que apura a morte do filho, volta à prisão Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

06/07/2023 15h14Atualizada em 06/07/2023 15h14

Detida novamente após decisão do STF, Monique Medeiros teria contrariado as regras da prisão domiciliar e supostamente feito publicações em redes sociais. Ela é acusada de matar o próprio filho, Henry Borel, em 2021.

O que aconteceu

Advogados de Leniel Borel de Almeida Júnior, pai de Henry, usaram prints de publicações em redes sociais para pedir na Justiça a volta de Monique à cadeia. O ministro Gilmar Mendes analisou o recurso e determinou a prisão, cumprida na manhã desta quinta-feira (6).

"Há provas robustas de que a liberdade de Monique configura risco concreto para a ordem pública, instrução processual e aplicação da lei penal, motivo pelo qual, a justiça foi reestabelecida com a decretação de sua prisão", segundo o advogado Cristiano Medina da Rocha, que representa Leniel.

A ré estava proibida de manter "qualquer comunicação com terceiros - com exceção apenas de familiares e integrantes de sua defesa": "Seja pessoal, por telefone ou por qualquer recurso de telemática, assim também postagens nas redes sociais", diz a medida cautelar.

A defesa de Monique diz que ela não usou redes sociais e que a alegação é "fake news". A defesa também disse que a decisão "foi pautada em um descumprimento de medida cautelar inexistente";

O advogado da professora afirmou que não havia nenhuma decisão judicial que a proibia de usar as redes e disse que vai recorrer e 'esclarecer os fatos' junto ao STF.

Monique não utilizou as redes sociais quando proibida, além de não ter ameaçado qualquer testemunha no momento da prisão domiciliar
Hugo Novais, advogado de Monique Medeiros

As mensagens anexadas

Caso Henry Borel: Advogados usaram prints das redes sociais para pedir prisão de Monique Medeiros - Divulgação - Divulgação
Caso Henry Borel: Advogados usaram prints das redes sociais para pedir prisão de Monique Medeiros
Imagem: Divulgação

No recurso da defesa de Leniel Borel foram anexados prints de um perfil atribuído a Monique Medeiros no Instagram. Para os advogados, as publicações que afetariam a visão pública sobre o caso.

A defesa do pai de Henry também considerou que algumas postagens foram feitas para "tentar desqualificar as declarações do ex-marido" ao programa Linha Direta, da TV Globo.

Em um dos casos, Leniel é chamado de "omisso" na postagem atribuída a Monique.

Caso Henry Borel: Advogados usaram prints das redes sociais para pedir prisão de Monique Medeiros - Divulgação - Divulgação
Caso Henry Borel: Advogados usaram prints das redes sociais para pedir prisão de Monique Medeiros
Imagem: Divulgação

Em outra publicação atribuída à professora, ela compartilha a opinião de que Leniel não tinha aceitado o término e queria uma "vingança passional" contra ela.

Um dos posts compartilhados por Monique afirma que Leniel buscava "vingança passional" contra ela - Reprodução - Reprodução
Um dos posts compartilhados por Monique afirma que Leniel buscava "vingança passional" contra ela
Imagem: Reprodução

No documento apresentado pela defesa de Leniel, também há supostos compartilhamentos de Monique afirmando que o pai de Henry usa o dinheiro da instituição criada em nome do filho para "apoiar campanha de gente suja".

Monique Medeiros foi solta em agosto de 2022, três dias após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogar a prisão preventiva dela.

PGR defendeu volta de Monique Medeiros à prisão

Na última quinta-feira (29), a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu, em parecer enviado ao STF, a prisão de Monique Medeiros.

O subprocurador da República, Juliano Baiocchi, opinou pela derrubada da decisão que determinou a soltura de Monique no ano passado.

Segundo Baiocchi, há riscos de a acusada atrapalhar as investigações. "Há elementos de comportamento da ré no curso da lide penal tendentes a turbar a instrução processual, pelo que de lei a preventiva da ré, devendo ser reformado o acórdão do STJ", escreveu.