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Jovem que foi salva por namorado em desabamento em PE perdeu a mãe e irmãos

Imagens mostram o resgate de Evelyn, de 15 anos, em meio aos escombros do prédio que desabou no Grande Recife - Reprodução/TV Globo
Imagens mostram o resgate de Evelyn, de 15 anos, em meio aos escombros do prédio que desabou no Grande Recife Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

09/07/2023 22h36Atualizada em 10/07/2023 00h44

A adolescente Evelyn, uma das sete sobreviventes no desabamento de um prédio no Grande Recife, foi salva pelo namorado, mas perdeu o companheiro, a mãe e dois irmãos pequenos na tragédia.

O que aconteceu

Evelyn tem 15 anos e perdeu a mãe, Marcela, de 42 anos, e os irmãos identificados como Maria Flor, de 6 anos, e Wallace, 10 — os sobrenomes não foram divulgados. Os corpos da genitora e dos filhos, os últimos retirados pelos bombeiros, foram encontrados abraçados em meio aos escombros.

A ação para salvar a adolescente demorou cerca de 12 horas. Imagens divulgadas pela TV Globo mostram a jovem recebendo máscara de oxigênio enquanto os bombeiros tentavam retirá-la dos escombros. Ao todo, a operação de resgate durou 35 horas. Dois cães e dois gatos foram achados com vida.

A adolescente estava em casa com o namorado, Matheus, quando a estrutura desabou.

O rapaz ficou atravessado embaixo da viga que estava sobre o casal, e isso fez com que a jovem sobrevivesse. "Ele ficou como se fosse segurando esse peso e impacto em cima da Evelyn", disse Leonardo Gomes, coordenador do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Matheus morreu na tragédia.

Entenda o caso

O prédio desabou parcialmente no Conjunto Beira Mar, por volta das 6h35 na sexta-feira (7). O desabamento ocorreu após uma noite de fortes chuvas.

Quatro pessoas foram resgatadas com vida dos escombros. Três mulheres, sendo duas de 15 e uma de 65 anos, e um rapaz de 18 anos foram levados a hospitais, mas o jovem acabou morrendo após ser socorrido.

Outras quatro pessoas (de 16, 17, 21 e 22 anos) foram encontrados com vida fora da edificação. No total, o desabamento deixou 21 vítimas (entre mortos e sobreviventes), segundo a Defesa Civil.

Os prédios já tinham sido condenados pela Defesa Civil por risco de desabamento, mas três famílias ocupavam o imóvel no momento do ocorrido, informou a Prefeitura de Paulista.

Segundo a prefeitura, a interdição do local ocorreu em 2010, mas "o prédio foi reocupado por grupos sem-teto". A ajuda já tinha sido pedida à Caixa Econômica Federal e seguradoras responsáveis para "solucionar esse problema crônico".