Jovem que foi salva por namorado em desabamento em PE perdeu a mãe e irmãos
A adolescente Evelyn, uma das sete sobreviventes no desabamento de um prédio no Grande Recife, foi salva pelo namorado, mas perdeu o companheiro, a mãe e dois irmãos pequenos na tragédia.
O que aconteceu
Evelyn tem 15 anos e perdeu a mãe, Marcela, de 42 anos, e os irmãos identificados como Maria Flor, de 6 anos, e Wallace, 10 — os sobrenomes não foram divulgados. Os corpos da genitora e dos filhos, os últimos retirados pelos bombeiros, foram encontrados abraçados em meio aos escombros.
A ação para salvar a adolescente demorou cerca de 12 horas. Imagens divulgadas pela TV Globo mostram a jovem recebendo máscara de oxigênio enquanto os bombeiros tentavam retirá-la dos escombros. Ao todo, a operação de resgate durou 35 horas. Dois cães e dois gatos foram achados com vida.
A adolescente estava em casa com o namorado, Matheus, quando a estrutura desabou.
O rapaz ficou atravessado embaixo da viga que estava sobre o casal, e isso fez com que a jovem sobrevivesse. "Ele ficou como se fosse segurando esse peso e impacto em cima da Evelyn", disse Leonardo Gomes, coordenador do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Matheus morreu na tragédia.
Entenda o caso
O prédio desabou parcialmente no Conjunto Beira Mar, por volta das 6h35 na sexta-feira (7). O desabamento ocorreu após uma noite de fortes chuvas.
Quatro pessoas foram resgatadas com vida dos escombros. Três mulheres, sendo duas de 15 e uma de 65 anos, e um rapaz de 18 anos foram levados a hospitais, mas o jovem acabou morrendo após ser socorrido.
Outras quatro pessoas (de 16, 17, 21 e 22 anos) foram encontrados com vida fora da edificação. No total, o desabamento deixou 21 vítimas (entre mortos e sobreviventes), segundo a Defesa Civil.
Os prédios já tinham sido condenados pela Defesa Civil por risco de desabamento, mas três famílias ocupavam o imóvel no momento do ocorrido, informou a Prefeitura de Paulista.
Segundo a prefeitura, a interdição do local ocorreu em 2010, mas "o prédio foi reocupado por grupos sem-teto". A ajuda já tinha sido pedida à Caixa Econômica Federal e seguradoras responsáveis para "solucionar esse problema crônico".
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