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Justiça mantém prisão de pai e filha que agrediram médica em hospital no RJ

A Justiça manteve na tarde desta terça-feira, durante audiência de custódia, a prisão de pai e filha que agrediram uma médica em um hospital de Irajá, na zona norte do Rio.

O que aconteceu:

André Luiz do Nascimento Soares, 46, e Samara Kiffini do Nascimento Soares, 23, tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva, na Central de Custódia de Benfica. Eles foram presos acusados de agredirem a médica Sandra Lúcia Bouyer Rodrigues, no último domingo (16), no Hospital Municipal Francisco da Silva Teles.

A decisão da Justiça foi baseada na "gravidade dos fatos delituosos, cometidos com violência ou grave ameaça contra a pessoa".

Os custodiados foram capturados em flagrante logo após causarem danos no hospital, agredirem a única médica de plantão Sandra Lúcia na unidade hospitalar no momento, além de influenciarem diretamente na morte da vítima Arlene Marques da Silva que se encontrava em estado grave."
Trecho da decisão do TJRJ

O caso

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De acordo com o delegado Geovan Omena, que investiga o caso, pai e filha permaneceram calados na delegacia. Nenhum dos dois tinha anotações criminais.

Lesões da médica

A profissional Sandra Lúcia estava atendendo pacientes quando André invadiu o espaço exigindo atendimento. Ele deu um soco na boca de Sandra.

O laudo do exame de corpo de delito constatou cinco lesões: na orelha direita, nos antebraços esquerdo e direito, na coxa esquerda e no tórax, além da boca, informou a Polícia Civil.

Sandra ficará de licença por oito dias para se recuperar e contou ao UOL que pretende voltar ao hospital. "Eu estou com medo, mas não posso deixar que isso me afete, que afete a minha profissão".

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A médica cumpria sozinha o plantão hospital. Sandra diz que cinco profissionais deveriam estar atendendo no plantão.

O que diz a defesa

Ao UOL, o advogado de Samara e André, Claudio Luiz Rodrigues de Souza, classificou a decisão da Justiça como "no mínimo absurda". Disse ainda que existem "dúvidas" no fato, já que, segundo ele, houve uma confusão generalizada no hospital. "O Estado está agindo com excesso, os réus preenchem todo e qualquer requisito para responder ao processo em liberdade", afirmou.

Sobre a acusação de terem invadido algumas salas do hospital, Claudio disse que "não é verdade" e alegou que a família está sendo "injustiçada pelo clamor social equivocado".

A defesa esclareceu também que não há provas que comprovem a versão do delegado à frente do caso. "Cadê as filmagens do local? É só pegar e vão verificar que isso não aconteceu. Eles também foram agredidos. E sequer foi feito um exame de corpo de delito nos réus. Estão cheios de hematomas pelo corpo", argumentou o advogado.

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