Caso Marielle: Defesa se diz surpresa com delação e deixa Élcio de Queiroz
A defesa que até então representava o ex-PM Élcio de Queiroz divulgou que não trabalha mais no caso.
O que aconteceu:
O advogado João Henrique Santana Telles disse ter sido "surpreendido" e que "desconhecia completamente a intenção e a execução da delação premiada", em nota oficial do escritório que até então defendia o acusado.
A defesa alega ter tomado ciência do acordo firmado por Élcio pela imprensa. Os então responsáveis pela representação do ex-PM reforçaram que não concordavam com a delação.
"A relação jurídica se limitava a defender tecnicamente o réu nos autos dessa ação perante o Tribunal do Júri", afirmou Telles.
A relação fiduciária estabelecida com o Sr. Élcio Vieira de Queiroz, foi ferida de morte, rompida de modo unilateral pelo Réu, inviabilizando assim a manutenção na defesa técnica, bem como dos poderes que lhe foram outorgados no instrumento mandatário. Com efeito legal, o causídico subscritor vem apresentar a sua renúncia ao patrocínio da defesa técnica firmada pelo defendente.
Santana & Telles Advogados, em nota oficial
Avanço no caso Marielle
A Polícia Federal avançou na prisão e investigação dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, após delação de Élcio de Queiroz.
Preso desde 2019, Élcio de Queiroz confessou participação no crime e apontou Ronnie como o autor dos disparos, disse o ministro Flávio Dino. Hoje, a PF deteve o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel.
Além de Suel, a polícia também cumpriu sete mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana. Os demais nomes ainda não foram informados.
Os investigadores também descobriram provas mostrando o envolvimento de mais pessoas no planejamento do crime. A colunista do UOL Juliana Dal Piva apurou que os investigadores descobriram que Maxwell participou de campanas para o planejamento do assassinato da vereadora.
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