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Bruno e Dom: ex-Funai pede fim do inquérito que o indiciou por mortes

O ex-presidente da Funai, Marcelo Augusto Xavier da Silva, pediu o fim do inquérito policial da PF que o indiciou pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, no Vale do Javari.

O que aconteceu

Ex-chefe da fundação foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O pedido foi feito à Vara Federal de Tabatinga, no Amazonas, no âmbito de investigações que correm em segredo de Justiça, apurou o UOL.

Xavier foi alertado sobre os riscos de conflito no local dos assassinatos, mas não agiu. Por isso, ele é acusado de omissão, segundo a PF.

O documento que pediu o indiciamento cita uma reunião em que servidores relataram os riscos inclusive para funcionários da Funai no Amazonas. Nesse encontro, realizado em outubro de 2019, funcionários da fundação também pediram reforço na segurança.

Defesa do ex-presidente da Funai diz que ele é injustiçado. "Esperamos que o poder judiciário corrija tal situação com a maior celeridade possível", afirma o advogado Bernardo Fenelon, em nota.

Relembre o caso

Bruno e Dom desapareceram no dia 5 de junho de 2022 durante uma viagem na Amazônia. Os restos mortais só foram encontrados dez dias depois. A perícia concluiu que eles foram mortos a tiros, esquartejados, queimados e enterrados.

Três pescadores foram presos na investigação. Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que confessou o crime e indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha. Todos teriam participado diretamente do crime.

Além dos três acusados, no fim de janeiro, a Polícia Federal apontou Rubén Dario da Silva Villar, o 'Colômbia', como o mandante dos assassinatos. Ele é investigado por pesca ilegal e tráfico de drogas.

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Leia a íntegra da nota da defesa do ex-presidente da Funai

O indiciamento do Delegado Federal Marcelo Xavier, ex-Presidente da Funai, representa uma grande injustiça, pois nenhuma conduta jamais foi praticada por ele.

Trata-se de um ato fundamentado exclusivamente em notícias de internet e nada mais.

Esperamos que o poder judiciário corrija tal situação com a maior celeridade possível.

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