Conteúdo publicado há 8 meses

AM: Policial dono de arma usada por esposa para atirar em advogado é preso

O investigador da Polícia Civil Raimundo Nonato Monteiro Machado, dono da arma usada pela mulher dele para atirar em um advogado, foi preso na manhã deste domingo (20). A informação foi confirmada pela corporação e pela seccional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Amazonas, que acompanha o caso.

O que aconteceu:

Machado se apresentou na Delegacia Geral. Ele passou por exames de corpo de delito e seguiu para carceragem, onde ficará à disposição da Justiça, informou a Polícia Civil.

A justiça do Amazonas manteve a prisão de Machado após audiência de custódia neste domingo, informou a seccional da OAB no Amazonas.

O crime aconteceu em um condomínio no bairro Ponta Negra, em Manaus, na sexta-feira (18). Câmeras de segurança do condomínio flagraram Jussana de Oliveira Machado (vestida com roupa preta), esposa do policial civil, agredindo Cláudia de Lima, babá do advogado Ygor de Menezes Colares. A ação foi observada pelo policial.

Advogado tentou defender a funcionária, mas foi agredido com socos. Ele foi ferido inclusive no rosto, por golpes desferidos pelo policial civil, que repassou a arma dele para a esposa.

Enquanto o advogado está caído no chão, a mulher do policial fez o disparo contra a perna da vítima. Segundo a TV Globo, o advogado ainda foi seguido e levou outro soco do agente no rosto.

Jussana foi presa em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia. Ela responderá por porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, lesão corporal e ameaça.

Na audiência, a justiça também emitiu mandado de prisão contra o policial, que havia apenas assinado um termo de declarações na delegacia e sido liberado.

A briga, segundo a versão de Jussana, teria ocorrido depois de Cláudia ter supostamente reclamado do cachorro dela. Ela disse estar arrependida da agressão durante a audiência de custódia.

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A Polícia Civil do Amazonas afirmou não compactuar com desvios de conduta. Em nota, a corporação disse assegurar "que todas as transgressões administrativas são apuradas".

A defesa do casal disse que "irá se manifestar no processo". Ao UOL, o advogado Arthur da Costa Ponte disse entender que o caso se tratou de "disparo acidental".

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