Forno que explodiu em metalúrgica era antigo e sem manutenção, diz MTE
Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram hoje uma vistoria na empresa Tex Tarugos, em Cabreúva (SP), após a explosão ocorrida ontem na metalúrgica, constatando que os equipamentos eram antigos e não recebiam a manutenção devida.
O que se sabe:
Fiscais do MTE visitaram hoje as dependências da metalúrgica cujo forno explodiu ontem, para verificar equipamentos e as condições de segurança dos trabalhadores, e encontraram inúmeras irregularidades.
Ubiratan Vieira, chefe regional de fiscalização do MTE, comparou o local a um cenário de guerra. "Havia muita falta de cuidado na empresa. O equipamento é realmente bem antigo", afirmou em entrevista à TV Tem, afiliada da Rede Globo.
Segundo Vieira, a empresa não fazia manutenção e não estava cuidando adequadamente dos equipamentos. Ele afirma também que ocorreu "alguma situação que envolve o uso de equipamento ou substância irregular quando dessa explosão". Na sua opinião, foi uma explosão bastante anormal e muito violenta.
Os fiscais constataram que a empresa não tinha área de escape e apresentava problemas em várias normas de segurança, como o descuido com o sistema elétrico e a existência de extintores de incêndio vencidos.
Eles também disseram que antes da explosão já havia registros de uso de equipamento ultrapassado e muita sujeira no local de trabalho.
Os fiscais constaram também problemas com relação às Cipas (Comissões Internas de Acidentes de Trabalho), que, conforme Vieira, não funcionam de forma eficiente e não informam as áreas perigosas que a empresa possui.
A empresa havia sido fiscalizada anteriormente e chegou a ser notificada. Agora, segundo o MTE, será autuada. O local não tinha alvará de funcionamento, nem Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
A empresa informou que aguarda a conclusão das investigações. "Por enquanto seguimos prestando assistência às vítimas e aos familiares", disse o advogado da empresa à TV Tem.
Isso aqui está parecendo uma praça após um bombardeio. Nós vimos que os fornos explodiram mesmo, inclusive, atingiram algumas empresas da vizinhança. Nós também sabemos que muitos funcionários foram atingidos por blocos de pedra e alumínio e isso provocou ferimentos muito grave neles. Ubiratan Vieira, chefe regional de fiscalização do MTE
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