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Explosão em Cabreúva: 'Foram arremessados', diz médico que atendeu feridos

O médico Vinicius Coelho, que atendeu alguns dos feridos na explosão que destruiu uma empresa metalúrgica em Cabreúva (SP), afirmou que as vítimas foram "arremessadas" contra a parede e o solo em razão do impacto da explosão. Quatro pessoas morreram e mais de 30 ficaram feridas, de acordo com a prefeitura.

O que aconteceu:

O profissional da saúde, que atua na Santa Casa de Cabreúva, disse à TV Bandeirantes que atendeu muitos feridos com queimaduras de 1º, 2º e 3º grau. Alguns deles estão com as vias aéreas e a face queimadas, afirmou.

As pessoas que estão com queimaduras são os pacientes que mais preocupam os médicos neste momento, comentou Coelho, esclarecendo que o quadro, além de desidratar o ferido, abre portas para outras infecções. Por isso, esses pacientes foram os priorizados para atendimento, incluindo aqueles que estão com o nível de consciência alterado.

O médico ainda falou que foi necessário fazer a intubação de alguns pacientes e outros mais graves foram transferidos para outras unidades de saúde.

No momento que começaram a chegar os pacientes, a equipe da Santa Casa estava com o contingente de apenas três médicos e foi necessário mobilizar outros profissionais da saúde para ajudar no atendimento aos pacientes. Ao todo, a unidade de saúde recebeu cerca de 13 feridos, e ao menos quatro deles foram transferidos.

Já sobre os pacientes que tiveram alta médica, Coelho indicou que eles observem se estão com falta de ar, tosse, febre ou alguma alteração respiratória e se desloquem até uma unidade de saúde para atendimento. O profissional afirmou que essa atitude é importante porque não se sabe ao certo quais gases foram inalados por eles durante a explosão.

Pela energia que foi produzida por essa explosão, a gente percebe a tragédia que foi. As pessoas foram arremessadas contra a parede, contra o solo. Muitas pessoas queimadas com queimaduras de 1º, 2º e 3º grau. Com as vias aéreas e a face queimadas.
Vinicius Coelho, médico

Entenda o caso:

O Corpo de Bombeiros informou que o chamado foi aberto para a ocorrência por volta das 10h40.

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A ocorrência já foi encerrada com o fim do rescaldo do lugar atingido pela explosão, disse o major Eric, do Corpo de Bombeiros, à Record TV. O motivo do acidente ainda é desconhecido.

A metalúrgica não tinha AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), informou o prefeito de Cabreúva (SP), Antonio Carlos Mangini (PSDB), à TV Bandeirantes. O documento assegura que o espaço licenciado tenha as condições necessárias e obrigatórias contra situações de incêndio e pânico, que necessitem de rápida evacuação.

Mangini ainda afirmou que a empresa tentou pegar um alvará de funcionamento provisório "por algumas vezes", mas foi negado em razão da falta do AVCB.

O prefeito disse que foi ao local e viu "as roupas das pessoas todas queimadas e todo o corpo delas queimados" também. Ele declarou que o fato de a empresa não ter documentação correta para o funcionamento "trouxe toda uma dificuldade para fazer a identificação" das vítimas e feridos.

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