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Grupo é preso por simular acidentes com carros por dinheiro de seguro no DF

Os suspeitos simularam 12 acidentes e destruíram 25 veículos, recebendo das seguradoras um montante de R$ 2 milhões Imagem: Divulgação

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/09/2023 15h11

Seis pessoas foram presas temporariamente nesta segunda-feira (18) por suspeita de integrarem uma organização criminosa que simulava acidentes e destruía veículos de luxo para receber indenização de seguro no Distrito Federal.

O que aconteceu

As investigações apontam que o grupo atuava desde 2015 e simulou 12 acidentes automobilísticos, destruindo 25 veículos, disse a Polícia Civil. O total recebido de indenização das seguradoras chegou a R$ 2 milhões.

Os acidentes forjados envolveram veículos das marcas Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes e ocorreram em Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e Brasília.

Além da prisão temporária dos integrantes da organização, a polícia cumpriu outros seis mandados de busca, o sequestro de 20 veículos e o bloqueio do montante de R$ 2 milhões das contas dos seis investigados.

Os suspeitos serão indiciados pelo crime de organização criminosa, que prevê pena de 3 a 8 anos de prisão.

Como agia o grupo

O suspeitos adquiriam veículos importados de certo tempo de uso e de difícil comercialização, até mesmo alguns avariados, segundo a investigação. Os veículos eram consertados e eram contratados seguros, com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe.

Após a contratação do seguro, os suspeitos promoviam a colisão proposital dos veículos, que sofriam perda total. Para dificultar a descoberta de vínculo criminoso, eles revezavam-se na condição de proprietários, contratantes do seguro, condutores, terceiros envolvidos no acidente e recebedores da indenização, às vezes, via procuração.

Para também dificultar a investigação, eles registravam as ocorrências dos acidentes na Delegacia Eletrônica, afastando questionamentos da polícia judiciária sobre o sinistro. Por fim, conseguiam receber o seguro.

A organização era chefiada por um empresário de Taguatinga e um ex-policial militar do Distrito Federal, licenciado da corporação em razão da emissão de 150 cheques sem fundos.

Eles adquiriam os veículos, registravam as ocorrências e envolviam parentes e amigos nos registros dos acidentes, contratação dos seguros e recebimento das indenizações.

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