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Médicos mortos: Crime político não seria minha 1ª hipótese, diz Alcadipani

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/10/2023 13h46

Motivação política não deve ser a 1ª hipótese para investigar o assassinato dos três médicos ortopedistas mortos a tiros na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, explica Rafael Alcadipani, professor da FGV e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, durante participação no UOL News desta tarde de quinta-feira (5).

Acredito que, neste momento, é prematuro fazer qualquer tipo de ilação. São quatro pessoas mortas, é a reputação de quatro pessoas que está em jogo em um momento como este, na medida que as investigações do homicídio tendem a desvendar [o crime].

Se havia interesse em cometer esse atentado contra uma pessoa próxima à deputada, houve planejamento. O que me chamaria atenção é outras três pessoas entrarem e serem mortas por um grupo profissional.

Não se pode descartar nenhuma hipótese, a gente já tem esse trauma relacionado à crime político. Por ódio, é muito complexo o crime por matar apenas por ódio. Isso é obra de profissional, que tem motivo forte para executar esse trabalho. Será que afetar essa deputada seria um motivo forte o suficiente para isso? Só as investigações vão poder descortinar.

A mim, não chamaria a princípio a atenção de um crime político nesse momento. Tudo tem que ser verificado.

Ele justifica o motivo de não achar que o crime foi político.

Por que não me chama a atenção não ser um crime político? Porque o planejamento necessário para executar uma ação como essa, levar outras três pessoas em um crime que vai gerar repercussão e são médicos. Isso vai chamar atenção e, no mundo do crime, se sabe que a polícia vai atrás e a chance de prender é muito grande. Para mim, a questão política não seria a 1ª hipótese a ser levantada.

Dal Piva: União das polícias do RJ, SP e federal é positiva; não se pode perder tempo

A colunista Juliana Dal Piva considera positiva a união entre as polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo e a Polícia Federal para investigar o caso.

Todas as hipóteses precisam ser apuradas. Acho positivo, sim, que exista essa união de inteligências, de experiências, tanto da polícia do Rio de Janeiro quanto da polícia de São Paulo e a Polícia Federal. É para não perder tempo, as primeiras 48h logo após o crime são cruciais para o resultado e a elucidação da investigação.

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em três edições: às 8h, às 12h com apresentação de Fabíola Cidral e às 18h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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