MP denuncia segurança da Zara por racismo e pede loja suspensa por 3 meses
O MP do Rio de Janeiro denunciou um segurança da Zara por racismo por impedir um cliente negro de sair da loja sem mostrar onde estavam peças de roupa que ele havia desistido de comprar.
O que aconteceu
Promotor disse que medida tomada pelo segurança não tem "justificativa plausível". "Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização", escreveu Alexandre Themístocles.
O MP também pediu que a unidade da Zara tenha atividade suspensa por três meses. A loja onde o episódio ocorreu fica no Barra Shopping, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Procurada pelo UOL, a Zara disse que colabora com autoridades que investigam o caso. "A companhia não tolera nenhuma forma de discriminação e reforça que trabalha permanentemente em ações educativas vinculadas ao estrito cumprimento de seu Código de Ética e Conduta e sua Política de Diversidade e Inclusão, que também são aplicáveis aos profissionais terceirizados com os quais trabalha", afirmou a empresa, em nota.
Caso ocorreu em junho e gerou revolta em outros clientes da loja. Esses clientes devolveram as roupas compradas no local após presenciarem abordagem do segurança. A vítima foi o jogador de futebol Guilherme Quintino.
Atleta e a namorada precisaram voltar até a loja e mostrar onde tinham deixado uma bolsa com roupas que não foram levadas. O jogador contou no Instagram que o segurança o fez voltar ao estabelecimento e que ninguém explicou o motivo quando questionaram a abordagem: "ato racista, repugnante, não passarão", escreveu.
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