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Por que helicóptero caiu em SP e como 4 pessoas morreram: o que falta saber

Equipes da PM desceram de rapel em local onde helicóptero foi encontrado Imagem: Divulgação - 12.jan.2024/Polícia Militar de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

12/01/2024 21h08Atualizada em 13/01/2024 15h00

A Polícia Militar localizou na sexta (12), na região de Paraibuna, no Vale do Paraíba (SP), os destroços do helicóptero que estava desaparecido. O piloto e três passageiros morreram.

O que falta saber

Causa da queda da aeronave ainda é desconhecida. A Polícia Cientifica em conjunto com a FAB (Força Aérea Brasileira) investiga o que pode ter causado o acidente.

Não se sabe se as vítimas morreram na queda ou se sobreviveram e foram a óbito depois. Segundo a PM, os corpos estavam ao lado dos destroços da aeronave.

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Autoridades devem apurar possíveis lesões e fraturas nos corpos. As chuvas e a escuridão interromperam o trabalho de retirada na noite desta sexta.

O helicóptero realizava táxi aéreo no momento da queda? De acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), a aeronave estava regular para voo. No entanto, a operação para táxi aéreo estava negada. O UOL tenta contato com a empresa responsável pelo helicóptero.

A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.
Nota da FAB

Imagem: Arte/UOL

O que se sabe

O modelo Robinson R44 saiu do Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, com destino a Ilhabela, no litoral. De acordo com a PM, a aeronave decolou às 13h15 e fez o último contato às 15h10.

O helicóptero foi encontrado às 9h15 da manhã de sexta pela PM. Cerca de uma hora e meia depois, as equipes verificaram que todos os ocupantes morreram.

A PM achou a aeronave graças à triangulação dos sinais dos celulares das vítimas. Antes disso, as equipes trabalhavam numa área de 5 mil quilômetros quadrados. Com a identificação dos sinais, houve a delimitação de buscas em um raio de 12 km.

Com os sinais dos celulares houve uma mudança na estratégia de buscas. As equipes fizeram voos em velocidade e altura menores na área delimitada, informou Paulo Sérgio Pilz e Campos Mello, diretor do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

Os destroços foram identificados em uma região de mata densa. A equipe que identificou o local da queda desceu por rapel até os destroços.

Câmeras de monitoramento na rodovia dos Tamoios registraram imagens que poderiam ser do helicóptero. A gravação foi feita às 14h07 de 31 de dezembro, na altura do quilômetro 58. Em nota, a Concessionária Tamoios confirmou na quinta (11) que forneceu vídeos de suas câmeras de monitoramento para a polícia.

A aeronave fez um pouso de emergência antes de desaparecer. Mensagens às quais o UOL teve acesso mostram que uma ocupante enviou imagens e relatou a situação ao namorado. Ele questionou onde o helicóptero estava, ao que a jovem respondeu: "Sei lá, amor. Tô parada no meio do mato".

A aeronave caiu a cerca de 10 km do local onde foi feito um pouso emergencial. A queda teria ocorrido minutos após o piloto retomar o voo na tentativa de voltar para capital paulista, segundo o delegado Paulo Sérgio Pilz e Campos Mello.

Tempo ruim e terreno montanhoso dificultaram as buscas. Conforme o subcomandante de aviação da PM, Milton Alfredo Gherardi, "nos primeiros dias, a meteorologia e a visibilidade eram muito prejudiciais ao trabalho dos militares. A geografia e um terreno montanhoso também".

A cor do helicóptero prejudicou a identificação. Em complemento, o subcomandante comentou que o helicóptero cinza escuro dificultou a busca, já que pode ter se camuflado na vegetação verde escuro.

Outro fator citado pela PM foi o grande volume de informações que chegaram. Para Gherardi, as "informações dispersas" também prejudicaram o serviço de identificação.

A expectativa inicial era que os corpos fossem retirados pelos ares. No entanto, a Polícia Militar informou no sábado (13) que o transporte ocorrerá via terrestre, devido às condições meteorológicas.

As vítimas

As quatro pessoas que morreram são: os passageiros Luciana Rodzewics, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e Raphael Torres, 41, amigo da família. O piloto foi identificado como Cassiano Tete Teodoro.

Letícia gravou um vídeo mostrando o mau tempo. Ela enviou a imagem e mensagens ao namorado por volta das 14h do dia 31, relatando que estava "perigoso" e que havia "muita neblina".

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informava a primeira versão da notícia, as equipes trabalhavam numa área de 5 mil quilômetros quadrados, e não 5 mil metros quadrados. O texto foi corrigido.

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