Quem eram os passageiros e o piloto que estavam no helicóptero encontrado
O helicóptero encontrado hoje em Paraibuna após 12 dias de buscas levava três passageiros e o piloto. Todos morreram.
Quem eram os ocupantes
Luciana Rodzewics, 46 anos
Luciana Rodzwics vende roupas pela internet. Também já trabalhou como assistente comercial e consultora de vendas, conforme informações do seu perfil no Linkedin. Natural de São Paulo, estudou em uma escola no bairro do Limão, zona norte da capital paulista.
Luciana aceitou o convite do amigo Raphael Torres par fazer um bate e volta de São Paulo para Ilhabela de helicóptero. Ela postou um vídeo em suas redes sociais do momento em que o helicóptero decola do Campo de Marte, em São Paulo. No vídeo, é possível ver o céu nublado.
Letícia Ayumi Rodzewics, 20 anos, filha de Luciana
Letícia é filha de Luciana e acompanhava a mãe no passeio. Ela tem um salão de beleza na zona norte de São Paulo especializado em alongamento de unhas.
Letícia namora o militar da FAB Henrique Thiofilo Stellato. Em suas redes sociais, Stellato postou mensagens sobre as buscas pela jovem. "Vamos provar que Deus faz milagres e de hoje não passa", escreveu. Também iniciou uma vaquinha online para pagar equipes particulares de buscas.
Letícia disse ao namorado que a aeronave fez um pouso de emergência numa mata antes de perderem contato. O namorado questionou onde o helicóptero estava. Letícia responde: "Sei lá, amor. Tô parada no meio do mato." Após enviar fotos, Letícia ainda comentou que os ocupantes estavam tentando entrar em Ilhabela. "Estamos voltando", finalizou.
Na sequência, a jovem mandou um vídeo mostrando o mau tempo. Ela enviou a gravação por volta de 14h do dia 31 de dezembro relatando que estava "perigoso", com "muita neblina" e que, por isso, voltariam para a capital.
Raphael Torres, 41 anos, amigo de Luciana
Raphael Torres é empresário do ramo de medicamentos e passaria a virada do ano em Ilhabela. Ele teria convidado mãe e filha para o passeio bate e volta.
Ele está acostumado a fazer viagens aéreas e já conhecia o piloto Cassiano Tete Teodoro, disse a irmã Herika Torres. "Eu não sei o grau de intimidade que eles tinham, mas não foi um piloto que ele conheceu ali no momento", disse a irmã.
Ela também disse que Torres era amigo de Luciana há algum tempo. "Ele era amigo da Luciana há algum tempo. É por isso que ela se sentiu confortável, inclusive, de levar a filha para ir. Era um passeio comum", conta.
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Quero receberCassiano Tete Teodoro, 44 anos, o piloto
Teodoro estava sem licença para operar táxi aéreo. Não se sabe, contudo, se no voo que desapareceu, Teodoro fazia serviço de táxi aéreo.
No momento do voo, Teodoro tinha apenas a habilitação pessoal para voar. Ele chegou a ter essa licença cassada em setembro de 2021, após fugir de uma fiscalização, mas recuperou o documento em outubro de 2023, após fazer cursos.
O piloto já tentou obter uma outorga de táxi aéreo, mas a Anac negou. Em dezembro de 2020, quase dois anos após o pedido, a diretoria colegiada da agência decidiu não conceder a licença a Teodoro por unanimidade (4 votos a 0).
No processo que avaliou o pedido, a Anac afirmou que Teodoro tinha um "amplo histórico de irregularidades". O piloto já foi investigado na agência por transporte clandestino de passageiros, tentativas de enganar a fiscalização e por um pouso imprevisto no terraço de um prédio na avenida Faria Lima, em São Paulo.
Teodoro perdeu a licença por um incidente de 2019, no Campo de Marte. Ele teria ignorado a orientação de funcionários da Anac para parar o avião em que estava. A defesa do piloto alega que ele já tinha autorização da torre para decolar e que se assustou ao ver os funcionários na pista, que estariam sem colete da Anac.
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