Conteúdo publicado há 10 meses

Passageiros e piloto não sobreviveram à queda do helicóptero em SP, diz PM

Os três passageiros e o piloto do helicóptero que desapareceu em São Paulo não sobreviveram à queda. A aeronave foi encontrada nesta sexta (12), na região de Paraibuna, no Vale do Paraíba, após 12 dias de buscas.

O que aconteceu

Segundo o delegado Paulo Sérgio Pilz e Campos Mello, os corpos estavam ao lado da aeronave. A equipe de perícia investiga a causa da morte.

O helicóptero foi encontrado às 9h15 desta manhã pela PM. A polícia conseguiu confirmar o óbito das vítimas cerca de uma hora e meia depois.

Três bombeiros irão acessar o local por via aérea para retirar os corpos, informou a polícia. "Os técnicos do IML e do Instituto de Criminalística vão fazer toda a perícia dos corpos", diz Campos Mello.

A FAB também vai enviar equipe para o local e o Cenipa investigará as causas do acidente.

A triangulação de sinal de celulares definiu nova abordagem nas buscas. De acordo com a PM, em vez de voos rápidos cobrindo uma área maior, as equipes fizeram voos em velocidade e altura menores em uma área delimitada. O raio de busca nos últimos dois dias foi de 12 km.

A região foi separada em cinco quadrantes. O helicóptero foi encontrado no segundo quadrante, disse o comandante de aviação da PM, Ronaldo de Oliveira.

Infelizmente, queria dar uma notícia diferente. Mas todos estão mortos. Foram identificados quatro corpos.
Ronaldo de Oliveira, comandante da aviação da PM

O piloto Cassiano Tete Teodoro, e os passageiros Raphael Torres, Letícia e Luciana Rodzewics
O piloto Cassiano Tete Teodoro, e os passageiros Raphael Torres, Letícia e Luciana Rodzewics Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal
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Quem eram os passageiros

Os passageiros eram Luciana Rodzewics, 46, a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20, e Raphael Torres, 41, amigo da família. Foi Raphael quem as convidou para o passeio, segundo Silvia Santos, irmã de Luciana.

O piloto foi identificado como Cassiano Tete Teodoro. O UOL tenta contato com a empresa responsável pela aeronave e o espaço segue aberto para manifestações.

O helicóptero modelo Robinson R44 desapareceu na véspera do réveillon. A aeronave saiu do aeroporto Campo de Marte, na zona norte da capital paulista, com destino a Ilhabela, no litoral, em um bate e volta. De acordo com a PM, o helicóptero decolou às 13h15 e fez o último contato às 15h10.

A aeronave fez um pouso de emergência antes de desaparecer. Mensagens às quais o UOL teve acesso mostram que Letícia enviou imagens e relatou a situação ao namorado. Ele questionou onde o helicóptero estava, ao que a jovem respondeu: "Sei lá, amor. Tô parada no meio do mato".

Hoje, a aeronave que caiu foi localizada pelo helicóptero Águia 24, da PM. Militares desceram de rapel para verificar destroços.

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Câmeras registram voo e antena captou sinal de celular

Câmeras de monitoramento na rodovia dos Tamoios registraram imagens que poderiam ser do helicóptero na altura do quilômetro 58 — a gravação foi feita às 14h07 de 31 de dezembro. Em nota, a Concessionária Tamoios confirmou ontem (11) que forneceu vídeos de suas câmeras de monitoramento para a polícia.

Uma antena captou sinais do aparelho celular de um dos passageiros. A região foi a mesma onde outro celular havia sido localizado anteriormente. A SSP não informa, porém, de quais passageiros são os sinais.

Os aparelhos dos outros dois passageiros, no entanto, não tiveram sinais de atividade. Isso indicava, segundo a polícia, que estavam desligados.

Passageiras gravaram vídeos com céu nublado

Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20 anos, e a mãe dela, Luciana Rodzewics, 46 anos
Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, 20 anos, e a mãe dela, Luciana Rodzewics, 46 anos Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal
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Luciana gravou um vídeo mostrando a decolagem e início do voo, ainda em São Paulo. As imagens foram compartilhadas nas redes sociais dela.

Letícia também gravou um vídeo mostrando o mau tempo. Ela enviou a imagem e mensagens ao namorado por volta das 14h do dia 31, relatando que estava "perigoso", com "muita neblina" e que, por isso, voltariam para a capital.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que a aeronave estava regular para voos. Contudo, a operação para táxi aéreo estava negada.

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