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Brasileira alvo de racismo na Alemanha fala sobre agressão: 'Crime de ódio'

Dominik Haushahn e a brasileira Gabriela Monteiro Imagem: Reprodução/Instagram @gabimonteiroreau

Do UOL, em São Paulo

31/03/2024 13h17

A brasileira Gabriela Monteiro escreveu nas redes sociais neste sábado (30) relembrando a agressão que sofreu em Berlim, na Alemanha, há cerca de um ano. Três dos oito agressores se entregaram à polícia no mês passado.

O que aconteceu

Em suas redes sociais, Gabriela comentou uma notícia recente sobre o caso, que dizia que três dos agressores se entregaram às autoridades. Eles têm entre 20 e 23 anos e são investigados por agressão corporal perigosa em grupo, segundo informações do jornal alemão Berliner Zeitung. A agressão ocorreu em 26 de março de 2023.

A brasileira diz que o ataque foi um crime de ódio e que ficou com medo de circular pela cidade. "Foi uma experiência horrível".

Este caso foi mais do que apenas um ataque. Esta covardia que aconteceu conosco foi um crime de ódio com um motivo racista e sexista e precisa ser nomeado como tal. Foi o pior momento da minha vida.
Gabriela Monteiro

Como foi o ataque

Gabriela e seu companheiro Dominik Haushahn foram atacados por um grupo de oito pessoas em Berlim. Eles estavam no metrô, quando o grupo começou a rir alto e fazer comentários agressivos sobre a aparência de Gabriela e seu cabelo.

Um dos agressores tentou tirar fotos de Gabriela com o celular. Ela se recusou a ser fotografada e as ofensas e ameaças aumentaram. "O homem tentou mais duas vezes tirar uma selfie comigo. Depois da terceira tentativa dele, tentei tirar o telefone da mão dele. O grupo disse coisas agressivas como 'Em Berlim, as coisas não são assim'", escreveu Gabriela.

Quando o casal tentou deixar o trem na estação Alexanderplatz, três dos homens perseguiram Dominik e o agrediram violentamente. "Perseguiram meu parceiro até a plataforma, batendo nele com vários socos no rosto, até que ele ficou coberto de sangue", diz a brasileira. Os agressores só pararam após a intervenção de um estranho. Duas mulheres do grupo mantiveram as portas do metrô abertas para que eles pudessem entrar no trem novamente e fugir, relatou a brasileira.

Gabriela tirou foto dos agressores, que depois foram usadas pela polícia. A polícia lançou as imagens em um sistema de vigilância e com isso, três dos agressores se entregaram às autoridades no dia 27 de fevereiro.

Gabriela cobra que o homem que riu do seu cabelo e insistiu agressivamente em fotografá-la também seja responsabilizado. "Ele também deve ser identificado e responsabilizado pelo crime de ódio que cometeu."

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