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Fiscais do trabalho interditam setor de Congonhas por risco de acidentes

Auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego interditaram uma área do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, depois de constatarem risco de acidentes e mortes no local.

O que aconteceu

Os auditores interditaram o setor de circulação de trabalhadores envolvidos na limpeza, movimentação de bagagens e abastecimento de aeronaves do pátio do aeroporto. Fiscalização ocorreu na última quinta (4).

"Condições encontradas exigem ação firme da fiscalização", afirmam os auditores que participaram da inspeção. "O passeio do pátio de Congonhas, objeto da interdição, é um importante eixo de trânsito de pessoas que trabalham no aeroporto", afirmaram em nota divulgada pelo Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho).

Funcionária da limpeza morreu na área interditada em julho do ano passado. Enisete de Fátima Gabriel, 54, foi atingida por um caminhão de abastecimento e chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O Sinait diz que ela estava dentro dos limites da faixa pintada no chão destinada a pedestres.

O grupo espanhol Aena assumiu a administração de Congonhas em outubro de 2023, três meses depois da morte. Localizado na zona sul da capital paulista, o aeroporto é o segundo mais movimentado do Brasil.

A concessionária diz ter como prioridade a segurança das operações e de todos os colaboradores. A companhia informou cumprir parâmetros legais e atuar em políticas de segurança do trabalho, além de manter diálogo com órgãos competentes.

Empresa afirma que o modelo de faixa de circulação de pedestres utilizado em Congonhas segue o padrão adotado e regulamentado em diversos outros aeroportos do Brasil e do mundo. "Sob gestão da Aena, não houve nenhum incidente com vítimas no aeroporto de Congonhas", disse em nota.

A circulação de trabalhadores pelo local somente será liberada pela fiscalização trabalhista se forem comprovadas, pela concessionária responsável pelo aeroporto (Aena), as adoções das medidas emergenciais determinadas pelos Auditores-Fiscais. Dentre elas, a instalação de proteções coletivas que reduzam o risco de atropelamentos.
Nota divulgada pelo Sinait

Desde que assumiu a administração do aeroporto de Congonhas, em 17 de outubro de 2023, a Aena já adotou diversas medidas para aperfeiçoar a segurança nas vias de circulação interna do aeródromo e, em diálogo com o Ministério do Trabalho, vem implementando novas ações. Nota divulgada pela Aena

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