PM que sumiu no Guarujá é de família de policiais; pai faz apelo em áudio
O PM Luca Romano Angerami, 21, que sumiu no domingo (14), no Guarujá, é de família de policiais. O pai dele fez apelo em áudio, pedindo empenho aos agentes nas buscas na Baixada Santista.
O que aconteceu
Investigador da Polícia Civil de São Paulo, o pai de Luca pede empenho da corporação na procura pelo filho. Renzo Angerami enviou uma mensagem em grupos de policiais no WhatsApp pedindo ajuda aos colegas. O UOL encaminhou o conteúdo do áudio a fontes na chefia da Polícia Civil, que confirmou a veracidade da gravação.
Avô do PM desaparecido já foi delegado geral-adjunto de São Paulo. Alberto Angerami, que hoje está aposentado, foi ainda presidente do Denatran. O irmão do soldado Luca também é policial militar.
O carro do PM, um Corolla de cor prata, foi encontrado ontem de manhã na rodovia Cônego Domênico Rangoni, no Guarujá. O veículo estava aberto, com as chaves no porta-malas e sem o estepe. O celular do soldado está desligado, segundo a PM. O caso mobilizou a corporação, que faz buscas no Guarujá.
O soldado Luca Romano Angerami mora no litoral de São Paulo, mas trabalha em um batalhão na capital paulista. Ele teria ingressado na corporação há dois anos.
Ele [meu filho] estava curtindo aí no Guarujá (...). Acharam o carro dele aí (...). Estou desesperado, nunca senti um negócio desse. Pelo amor de Deus, rapaziada, por favor... Achem meu filho.
Renzo Angerami, pai do PM Luca, que está desaparecido
PM foi baleado e jogado em rio, diz suspeito preso à polícia
O PM foi baleado e jogado em um rio em São Vicente com as pernas amarradas, de acordo com um suspeito preso. Em boletim de ocorrência ao qual o UOL teve acesso, Edivaldo Aragão, 36, admitiu participação no crime. Ele foi preso em flagrante por suspeita de envolvimento nos crimes de homicídio, sequestro, roubo e tráfico de drogas.
Aragão disse que o soldado Luca "estava muito louco" e que foi abordado por pessoas ligadas ao tráfico de drogas "porque tinha uma mulher gritando no carro dele". Em depoimento, o irmão de Luca disse que o PM esteve em contato com uma mulher em uma adega antes de desaparecer. Ela ainda não foi localizada pela polícia.
O homem preso disse que a vítima foi rendida no Guarujá, baleada e levada no próprio carro até um rio em São Vicente, onde o corpo foi jogado. Ele relatou ainda que o agente foi morto após os criminosos descobrirem que ele era PM. A arma e a carteira do soldado foram levadas. A reportagem tenta localizar a defesa de Aragão.
O PM foi rendido e levado para São Vicente. Depois, foi morto com a arma dele. As pernas do policial foram amarradas com uma pedra para arremessá-lo de cima da ponte do Mar Pequeno.
Depoimento de suspeito preso
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