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Sobrinha de idoso filmado morto em banco deixa prisão no Rio após 16 dias

Do UOL, em São Paulo

02/05/2024 10h15Atualizada em 02/05/2024 16h36

Erika de Souza Vieira, 42, presa após ser flagrada com um tio morto em uma cadeira de rodas enquanto tentava sacar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária do Rio de Janeiro, foi solta hoje à tarde após passar 16 dias atrás das grades. Pela manhã, a Justiça do Rio mandou soltá-la.

O que aconteceu

Erika estava no Instituto Penal Djanira Dolores de Oliveira. Ela deixou a unidade prisional por volta das 15h40 de hoje. O presídio fica ao lado do Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio.

Justiça atendeu pedido da defesa de Erika por revogação da prisão preventiva. Juíza Luciana Mocco, da 2ª Vara Criminal de Bangu, estabeleceu medidas cautelares como comparecimento mensal à Justiça, e proibição de ausentar-se da cidade por mais que sete dias sem autorização.

Erika agora é ré. A sobrinha do idoso responderá por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público.

Defesa de Erika se posicionou sobre decisão da Justiça. "Foi expedido alvará de soltura com revogação da preventiva. Queremos agradecer a todos aqueles que apoiaram, que acreditaram, que lutaram e que estão com a gente", disse ao UOL a advogada Ana Carla de Souza.

Erika é sobrinha de Paulo Roberto Braga, 68, que teve a morte constatada em uma agência bancária no Rio de Janeiro. Caso aconteceu no último dia 16 de abril.

MP denunciou sobrinha

Érika foi denunciada pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Promotoria afirma que, embora o empréstimo tenha sido contratado por Braga quando ele ainda estava vivo, o saque de R$ 17,9 mil não poderia mais ser realizado, visto que, no momento da prisão em flagrante da denunciada, a vítima já tinha morrido.

MPRJ manifestou-se contrário a um pedido de liberdade provisória da defesa. "A denunciada, consciente e voluntariamente, vilipendiou o cadáver de Paulo Roberto Braga, seu tio e de quem era cuidadora, ao levá-lo à referida agência bancária e lá ter permanecido, mesmo após a sua morte, para fins de realizar o saque da ordem de pagamento supramencionada, demonstrando, assim, total desprezo e desrespeito para com o mesmo", diz trecho da denúncia.

Promotoria destaca condição de saúde do idoso nos dias anteriores. Denúncia ressaltou que Paulo teria recebido alta na véspera dos fatos, após internação ocasionada por pneumonia, "sendo certo que estava bastante debilitado, o que facilmente se verifica, notadamente, diante do depoimento prestado pelo médico da Unidade de Pronto Atendimento". Aponta, também, que o laudo de necrópsia atesta que a vítima apresentava "estado caquético" durante realização de exame.

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