Prefeito de Porto Alegre fala em 'abrigos alternativos' para semiaberto
Do UOL, em São Paulo
12/05/2024 19h04Atualizada em 12/05/2024 19h23
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), levantou a possibilidade da criação de "abrigos alternativos" para pessoas que estão em regime semiaberto, em meio às chuvas no Rio Grande do Sul.
O que aconteceu
Em post no X no sábado (11), ele escreveu que se preocupa com a presença dessas pessoas nos abrigos comuns. "Não podemos expor a população a conflitos de segurança dentro dos espaços".
Segundo o prefeito, há alinhamento com o estado do RS e com o Ministério Público para a criação dos abrigos alternativos. "Mas precisamos do entendimento do Judiciário e da Defensoria".
UOL tentou contato com a Defensoria do RS, governo estadual e Ministério Público do estado. Se houver resposta, o texto será atualizado.
Procurada, a Secretaria de Segurança de Porto Alegre disse que o prefeito apenas "manifestou uma preocupação". Segundo a pasta, medidas como essa só poderiam ser tomadas pelo estado do RS, União ou Judiciário.
Secretaria também ressaltou que o papel do município "é resgatar e acolher". "Não existe a possibilidade de fazer consulta ao sistema da Segurança Pública Estadual antes de levar cada uma das 14 mil pessoas acolhidas hoje para uma estrutura provisória".
Prefeitura contratou segurança privada para abrigos e anunciou instalação de câmeras. São 103 abrigos com vigilância privada. Destes, 19 têm suporte 24 horas e 84 das 19h às 7h.
Chuvas não param, e rios sobem
Rádios veiculando alertas de evacuação a pedido de prefeituras do interior, rios voltando a subir e deslizamento causando morte na serra. O Rio Grande do Sul volta a sentir as consequências da chuva que voltou na sexta-feira (10) à noite e não parou.
Ruas de Lajeado (RS) que estavam secas estão inundadas outra vez. O trabalho de limpeza que moradores haviam começado se mostrou inútil porque a parte da cidade que eles moram foi tomada pela água novamente.
Nas últimas 24 horas choveu de forma intensa. Foram 120 milímetros de precipitação na serra e região metropolitana de Porto Alegre.
O Guaíba ilustra bem o momento do Rio Grande do Sul. Até a semana passada, a maior enchente da história de Porto Alegre era a de 1941. Este recorde permaneceu válido por 83 anos. Ocorre que a nova marca história será batida em menos de 7 dias se a previsão dos hidrólogos estiver correta.