Melo é questionado em ida ao centro histórico: 'Como fica nossa situação?'

O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), foi questionado por pessoas que faziam a limpeza dos comércios em meio a um encontro com ministros do governo Lula no fim da manhã de hoje no centro histórico de Porto Alegre.

O que aconteceu

Melo caminhava ao lado de Paulo Pimenta, ministro Extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul. Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, também participou do encontro na rua Voluntários da Pátria, uma das principais áreas do comércio do centro histórico de Porto Alegre, em frente ao mercado público.

Lojistas ainda faziam limpeza das lojas. Embora a água tenha recuado, ainda havia muita lama no chão.

Olha como é que tá aqui. Todo mundo perdeu. Eu só queria saber como é que vai ficar a nossa situação.
Lojista em conversa com o prefeito de Porto Alegre

"Estamos trabalhando ao longo do dia para buscar soluções. Mas não tem solução imediata, não tem solução mágica", respondeu Melo. Ele disse ainda que a Prefeitura de Porto Alegre está buscando soluções em conjunto com os governos federal e estadual.

Prefeito citou Auxílio Reconstrução oferecido pelo governo federal às famílias atingidas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Programa garante pagamento de R$ 5.100 às famílias impactadas após cadastro.

"A maioria aqui perdeu casa e emprego. O que está sendo feito pelos comerciantes?", questionou outra pessoa. Nesse momento, o ministro Paulo Pimenta respondeu, citando o programa de financiamento a juro zero para comerciantes impactados pelas enchentes. "A gente está trabalhando em conjunto. É um momento difícil, eu só queria pedir paciência para vocês. Vai baixando a água, vai voltando a energia. Fiquem com Deus", encerrou Melo, enquanto se despedia das lojistas após a rápida conversa.

O que disseram as autoridades

O mercado público é a alma de Porto Alegre porque aqui está sua cultura, seu jeito de ser, sua gastronomia. Recuperar o mercado sinaliza esperança para uma cidade que vai se reconstruir. Mas a transição dos abrigos para a cidade provisória ou até a moradia definitiva é o ponto mais delicado.
Sebastião Melo, prefeito de Porto Alegre

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A água passou pelos disques. E, agora, mesmo que o Guaíba baixe, a água não sai. Então, temos que expulsar essa água com as bombas para acelerar esse processo em Porto Alegre e em outras cidades da região metropolitana. Paralelo a isso, tem a parte social. A estimativa é que 500 mil pessoas estejam em abrigos e em outros locais, que precisam de alimentação, água potável e material de higiene.
Paulo Pimenta, ministro Extraordinário da Reconstrução do Rio Grande do Sul

O cadastro das pessoas que tiveram perdas está começando hoje. E, a partir das próximas 48 horas, começa a iniciar os pagamentos. O pagamento de R$ 5.100 do governo federal pode chegar a até 300 mil famílias.
Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional

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