Jovem atingida com ácido: mãe pede orações e faz vaquinha para tratamento
Do UOL, em São Paulo
24/05/2024 07h25Atualizada em 24/05/2024 14h31
A mãe da jovem Isabelly Moro, 23, que foi atingida com ácido no meio da rua, no centro de Jacarezinho, na região norte do Paraná, pediu orações para a filha e fez uma vaquinha para custear o tratamento.
O que aconteceu
Regiane Ferreira afirmou que a família está em oração pela recuperação da filha. A mãe conversou com o UOL e informou que Isabelly está entubada no Hospital Universitário de Londrina. "A boca dela está muito inchada, mas está sendo cuidada e medicada", contou. O seu estado de saúde é considerado grave.
Ela decidiu criar uma vaquinha online para apoiar a recuperação jovem. "Como todos sabem, infelizmente estamos passando por um momento difícil relacionado a Isa, estamos em oração pela sua recuperação completa", diz texto publicado pela mãe em rede social.
Mais de 240 pessoas já ajudaram. Doações ultrapassam R$ 9 mil.
A mãe esclareceu que essa é a única vaquinha verdadeira. "Também estou muito triste com uma coisa, estão fazendo fakes da minha filha nas redes sociais", lamentou.
Regiane não quis comentar mais detalhes do caso. "Isso é o máximo que posso te informar", disse.
Polícia divulgou vídeo de pessoa suspeita de atacar Isabelly
Suspeita foi presa nesta sexta-feira
A suposta autora de um ataque com ácido contra uma jovem de 23 anos no Paraná foi presa. Mulher estava escondida em matagal desde o dia do crime. A Polícia Militar disse que ela foi encontrada após pedir socorro no pátio de um hotel do município e apresentou uma história incoerente, contando aos militares que era perseguida por homens, informou o relatório policial.
Suspeita confessou o ataque, segundo PM. Ela confirmou a autoria ao ser questionada pelos policiais, segundo o relatório do 2º BPM.
Ataque foi causado por ciúmes, afirmou a suspeita. Segundo o relatório da polícia, a mulher contou que atacou Isabelly porque ela teria se relacionado com um ex-namorado dela.
Suspeita disse aos policiais que substância jogada na vítima era mistura de soda cáustica com água. Uma calça que teria sido usada no momento do crime foi apreendida, assim como um celular.
Uma peruca que teria sido usada pela suspeita no ataque foi jogada fora, disse a mulher à PM. O apetrecho não foi encontrado pelos policiais até o meio desta manhã.
Vítima está intubada e em estado grave. Ela segue internada no Hospital Universitário de Londrina, informou a família.
Mulher também confessou crime à Polícia Civil. Ao UOL, o órgão informou que um mandado de prisão contra ela foi expedido e cumprido nesta manhã.
Quimicamente, a soda cáustica (hidróxido de sódio) que a mulher alegou ter jogado na vítima é uma base, não um ácido. Apesar disso, a polícia ainda se refere oficialmente ao caso como um "ataque a ácido", termo que continua sendo usado pelo UOL. Diligências ainda são feitas pela PCPR.
O caso
Imagens de câmera de segurança mostram ação em rua movimentada. A vítima —identificada pelo nome de Isabelly Ferreira— foi socorrida por outras pessoas que passavam pelo local e levada a um pronto-socorro.
Agentes da Polícia Militar foram acionados para comparecer no hospital. No local, os militares conversaram apenas com enfermeiros, já que a vítima estava impossibilitada de relatar o que aconteceu.
Militares também estiveram na região próxima ao ataque. Eles colheram imagens da câmera de segurança, recolheram copo e sacola, supostamente utilizados na ação, e encaminharam para a delegacia da Polícia Civil.
Pessoa estava disfarçado com peruca loira. A delegada Caroline Fernandes, responsável pelas investigações, disse que a pessoa que aparece nas imagens jogando a substância no rosto de Isabelly usava roupa preta e peruca loira.
Na data de ontem, por volta das 13h10, na Alameda Padre Magno, no centro da cidade, uma pessoa disfarçada, usando uma peruca loira, com roupa preta, foi encontro da vítima, Isabelly Ferreira, e arremessou contra a sua face, a sua boca, alguma substância corrosiva, que lhe causou ferimento grave.
Caroline Fernandes, delegada
A Polícia Civil imediatamente iniciou diligências, com localização de câmeras, câmeras da cidade, além das imediações. Essa pessoa suspeita esteve em vários locais da cidade, até chegar ali e jogar a substância corrosiva contra Isabelly. Trabalhamos agora com denúncias. A Polícia Civil trabalha insistentemente. Já ouvimos 15 pessoas a respeito dessa tentativa de homicídio. Para quem tiver alguma informação, a polícia agradece e a gente garante o sigilo.
Caroline Fernandes, delegada