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Eduardo Leite diz que reconstrução de áreas atingidas deve levar até um ano

Governador Eduardo Leite durante coletiva de imprensa Imagem: 2.4.2024 - Lauro Alves/Secom

Do UOL, em São Paulo

25/05/2024 23h50

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), calcula que a reconstrução das diversas áreas do estado atingidas pelas enchentes deve levar de seis meses a um ano.

O que aconteceu

Eduardo Leite explicou que governo já está encaminhando a construção de casas para famílias mais carentes. "Para as famílias mais carentes, de baixa renda, que perderam suas casas, a gente está já encaminhando a construção de casas definitivas, em modos construtivos rápidos, que são, por exemplo, blocos de concreto, sempre olhando terrenos que não tenham sido atingidos pelas inundações", disse em entrevista ao Jornal Nacional.

Estimativa de reconstrução das áreas atingidas é de até um ano. "Isso leva tempo em algumas situações, de seis meses a um ano, para poder se restabelecer, eventualmente um pouco mais do que isso, dependendo da complexidade da obra", afirmou.

Drones e imagens de satélite ajudam no mapeamento do locais afetados. Dos 469 municípios atingidos, 224 já foram mapeados com a ajuda da tecnologia.

O tenente-coronel da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Rafael Luft, diz que mapeamento vai ajudar no diagnóstico. "Nós vamos estabelecer esse diagnóstico, apontar quais foram as casas que foram destruídas, as escolas que foram destruídas, as creches, unidades básicas de saúde, enfim, toda a dimensão planificada dessa destruição se apresenta como um grande desafio para nós estabelecermos minimamente um tamanho do desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul", ressaltou à reportagem da TV Globo.

O ministro Paulo Pimenta destacou um programa do governo federal para reconstrução das casas de quem ganha até R$ 4,4 mil. "As prefeituras fazem um cadastro, as prefeituras destinam o terreno e o governo federal consegue o valor para compra do imóvel usado. Nós também requisitamos todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Federal e no Banco do Brasil, para fazerem parte desse programa. E vamos também adquirir os imóveis que a iniciativa privada está construindo que se enquadram nessa faixa de valor". Pimenta está à frente da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

Governo do RS sancionou lei que institui plano de reconstrução do estado

Foi sancionada na sexta-feira (24) a lei que institui plano de reconstrução para o Rio Grande do Sul. O regulamento estabelece um fundo para atuação do governo em três eixos: ações emergenciais, ações de reconstrução e um conjunto de planos para o futuro do estado.

O governo afirmou que a lei vai garantir mais transparência às transferências de recursos. "É a partir desse fundo que vamos dirigir as ações de reconstrução do estado nas mais diversas frentes, seja no apoio à iniciativa privada, na reconstrução de moradia, na restauração da infraestrutura ou no auxílio aos municípios", disse Eduardo Leite, durante o ato de sanção.

As ações emergenciais são de curto prazo. Elas envolvem restabelecimento de serviços essenciais e medidas de recuperação, como limpeza, realocação habitacional temporária, desobstrução de vias e gestão das doações.

Já as de reconstrução, envolvem medidas de médio prazo. Nesse caso, o foco será na recuperação da infraestrutura logística, como rodovias, portos e aeroportos, além de equipamentos públicos, presídios e terminais de transporte metropolitano.

Mortes confirmadas por enchentes no RS sobem para 166

Subiu para 166 o número de mortes confirmadas em decorrência das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul nas últimas semanas. Os dados são da Defesa Civil do estado.

Chuvas já afetaram 469 municípios gaúchos. Dados do balanço divulgado neste sábado (25) indicam que há 61 pessoas desaparecidas.

Já são 166 mortes confirmadas. Também há 806 feridos. Mais de 55 mil pessoas estão vivendo nos abrigos instalados em diversas cidades.

Defesa Civil calcula que são 581.638 pessoas desalojadas. Mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetados pelas chuvas, que deixaram cidades embaixo d'água e provocaram o pior desastre climático da história do estado.

O nível do Guaíba está em 4,09 metros, segundo medição das 18h15 deste sábado (25), no Cais Mauá. A cota de inundação do rio é de 3 metros. Na terça-feira, o Guaíba ficou abaixo de 4 metros pela primeira vez desde o início de maio.

Alagamentos já duram 24 dias. A água se alastra para bairros que até então não haviam sido tão impactados, na zona sul de Porto Alegre. O mês de maio de 2024 é o mais chuvoso da capital gaúcha desde o início das medições, em 1910.

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