Conteúdo publicado há 6 meses

Dois PMs viram réus acusados de matar jovem desarmado em Foz do Iguaçu

A Justiça do Paraná aceitou denúncia e tornou réus dois policiais militares acusados de matar o jovem Ismael Moray Flores, 19, em abril do ano passado. A vítima, que estava desarmada, foi assassinada com cinco tiros ao passar por uma perseguição em Foz do Iguaçu.

O que aconteceu

Os réus são o sargento Daniel Gasparini Barcellos e o soldado Emerson José Gonçalves. A denúncia foi apresentada pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná) em outubro do ano passado.

Os outros cinco policiais que haviam sido afastados na época não chegaram a ser denunciados. Esses agentes faziam a abordagem de um suspeito, que acabou morto na ocorrência, no momento em que Ismael foi assassinado por Daniel e Emerson, segundo o MP-PR.

A denúncia ressaltou que os dois policiais militares agiram "imbuídos de inequívoca intenção de matar". Ismael foi baleado no momento em que se aproximou da viatura em que Daniel e Emerson estavam.

O UOL tenta contato com a defesa dos policiais denunciados. A reportagem também procurou a PM para saber se os dois policiais voltaram às atividades ou seguem afastados. Se houver resposta, o texto será atualizado.

Entenda o caso

Os policiais do 14ª Batalhão da PM receberam a informação de um roubo no bairro Porto Meira, segundo inquérito policial citado pelo MP-PR. Uma mulher teria sido perseguida por dois assaltantes até a casa dela, onde foi roubada com uso de revólver.

Uma viatura cruzou com a motocicleta em que os dois suspeitos estavam, quando os policiais estavam a caminho da ocorrência. O condutor da moto atendeu à ordem policial e desceu para ser abordado, enquanto o outro fugiu portando uma arma de fogo.

Esse suspeito que fugiu teria feito menção de que atiraria contra a equipe policial, e acabou atingido pelos agentes. Ele morreu no local.

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Ismael Moray Flores caminhava pela mesma rua da ocorrência, a alguns metros de onde os policiais estavam. Ao ouvir os tiros, ele correu, passando pela viatura ocupada por Daniel e Emerson, que atiraram contra o jovem.

Na época do crime, a PM admitiu que Ismael estava desarmado. "Apenas um fez menção de atirar, que foi o que estava armado e foi morto pela polícia. O outro indivíduo [Ismael] não estava armado, inclusive, foi apreendida apenas uma arma de fogo", disse André Ribas, capitão da Polícia Militar, em entrevista à RPC TV.

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