Polícia investiga estupro de menina de 12 anos em escola no RJ

Uma menina de 12 anos contou à polícia ter sido estuprada por alunos na escola em que estuda, na zona norte do Rio de Janeiro.

O que aconteceu

A menina foi ouvida em depoimento especial, informou a Polícia Civil ao UOL. A Dcav (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima) investiga a denúncia.

Adolescentes foram intimados a depor. De acordo com a polícia, além dos suspeitos, a diretora do colégio e algumas testemunhas já foram ouvidas.

Garota foi encaminhada para exame de corpo de delito.

A Secretaria Municipal de Educação repudiou o episódio. De acordo com a pasta, foi aberta uma sindicância interna para apurar a ocorrência e prestar suporte à polícia.

A Secretaria de Educação não tolera qualquer tipo de violência no ambiente escolar. A aluna e a responsável foram acolhidas pela direção da escola e estão recebendo apoio psicológico.
Secretaria Municipal de Educação, em nota

A violência sexual contra a mulher no Brasil

No primeiro semestre de 2020, foram registrados 141 casos de estupro por dia no Brasil. Em todo ano de 2019, o número foi de 181 registros a cada dia, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Em 58% de todos os casos, a vítima tinha até 13 anos de idade, o que também caracteriza estupro de vulnerável, um outro tipo de violência sexual.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

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Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

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