Topo

2.175 km/h e 6 mísseis: como é o caça (usado) que o Brasil estuda comprar

O caça F-16 no ar; modelo pode ser complemento ao Gripen, vindo da Suécia Imagem: Reprodução / Força Aérea dos Estados Unidos / Airman 1st Class Mario Calabro

Do UOL, em São Paulo*

18/06/2024 04h00

A Força Aérea Brasileira está estudando a possível compra de caças F-16, os mesmos fornecidos à Ucrânia no ano passado. Os jatos usados teriam surgido como uma opção em meio à suposta insatisfação com o alto custo do programa dos caças Gripen, segundo informação divulgada pela Folha de S.Paulo - mas não confirmada pela FAB.

O F-39E Gripen está em processo de desenvolvimento e fabricação desde 2019. O modelo foi criado a partir de uma encomenda de 36 aviões que o Brasil fez à empresa sueca Saab, em 2014, e que deve ser entregue até 2027. Apesar disso, no ano passado, a FAB manifestou ao governo que precisaria de mais unidades da aeronave.

O investimento feito pelo governo até o momento foi de R$ 24 bilhões, financiados em 25 anos, e a ideia é que a empresa sueca fará transferência de tecnologia para que os caças sejam fabricados posteriormente em território nacional.

Como é o F-16

Assim como o F-39E, o F-16 também é considerado um avião de combate multimissão — sendo o modelo com mais unidades em operação no mundo.

Ele já foi usado em combates com alvos em solo e no ar. No combate aéreo, a manobrabilidade dele excede a de todas as aeronaves de combate com potencial ameaça, segundo a Força Aérea dos Estados Unidos. Já com alvos em solo, o jato pode lançar suas armas com precisão, defender-se contra aeronaves inimigas e retornar ao seu ponto de partida.

Fuselagem leve sem reduzir resistência. Sistemas de outras aeronaves, como o F-15 e o F-111, foram usados para a projeção do F-16. Combinados, eles reduziram seu tamanho, peso, preço de compra e custos de manutenção. Ainda assim, o caça pode suportar até nove G's — nove vezes a força da gravidade.

Foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 1970, por meio de um consórcio entre os norte-americanos e quatro países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte): Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega. O plano previa que a aeronave fosse vendida a nações parceiras como um jato de baixo custo.

Velocidade máxima, em altitude, chega a 2.175 km/h. Tem 14,8 metros de comprimento, 4,8 metros de altura e pesa 8.936 kg (sem combustível).

Tripulação depende do modelo. Um F-16C, por exemplo, comporta apenas um piloto. Já um F-16D, pode levar um ou dois.

Compacto, multifuncional e altamente manobrável. Pode localizar alvos em todas as condições meteorológicas e detectar aeronaves voando baixo na interferência do radar.

Sua fuselagem tem espaço para sistemas adicionais. É armado com um canhão multibarril M-61A1 de 20 mm com 500 cartuchos e suas estações externas podem transportar até seis mísseis ar-ar, munições convencionais ar-ar e ar-superfície, além de equipamento de contramedidas eletrônicas.

Ainda é produzido nos EUA e está em constante aperfeiçoamento. De maneira geral, as atualizações reduzem a carga de trabalho do piloto, aprimoram a precisão das armas, aumentam a letalidade e melhoram as taxas de eficácia da missão projetada.

Está planejado para continuar em serviço na década de 2040. Conforme afirmou o coronel da Força Aérea dos EUA John D. Caldwell ao site oficial da Força Aérea norte-americana, o processamento de informações da aeronave ficou muito mais rápido após a última atualização.

*Com informações da Deutsche Welle, ANSA e RFI.

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

2.175 km/h e 6 mísseis: como é o caça (usado) que o Brasil estuda comprar - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Cotidiano