F-16: como é o jato que a Ucrânia usará para desenvolver 'nova força aérea'
Com o objetivo de desenvolver uma "nova força aérea" para a Ucrânia, o Reino Unido começará a treinar pilotos ucranianos com jatos F-16. Considerado um avião de combate multimissão, o caça em questão é o modelo com mais unidades em operação no mundo.
O F-16 já foi usado em combates com alvos em solo e no ar. No combate aéreo, a manobrabilidade dele excede a de todas as aeronaves de combate com potencial ameaça, segundo informações do site oficial da Força Aérea dos Estados Unidos. Já com alvos em solo, o jato pode lançar suas armas com precisão, defender-se contra aeronaves inimigas e retornar ao seu ponto de partida.
Fuselagem leve sem reduzir resistência. Sistemas de outras aeronaves, como o o F-15 e o F-111, foram usados para a projeção do F-16. Combinados, eles reduziram seu tamanho, peso, preço de compra e custos de manutenção. Ainda assim, o caça pode suportar até nove G's — nove vezes a força da gravidade.
Mais sobre o F-16:
Foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 1970, por meio de um consórcio entre os norte-americanos e quatro países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte): Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega. O plano previa que a aeronave fosse vendida a nações parceiras como um jato de baixo custo.
Tem 14,8 metros de comprimento, 4,8 metros de altura e pesa 8.936 kg (sem combustível).
Tripulação depende do modelo. Um F-16C, por exemplo, comporta apenas um piloto. Já um F-16D, pode levar um ou dois.
Compacto, multifuncional e altamente manobrável. Pode localizar alvos em todas as condições meteorológicas e detectar aeronaves voando baixo na interferência do radar.
Sua fuselagem tem espaço para sistemas adicionais. É armado com um canhão multibarril M-61A1 de 20 mm com 500 cartuchos e suas estações externas podem transportar até seis mísseis ar-ar, munições convencionais ar-ar e ar-superfície, além de equipamento de contramedidas eletrônicas.
Ainda é produzido nos EUA e está em constante aperfeiçoamento. De maneira geral, as atualizações reduzem a carga de trabalho do piloto, aprimoram a precisão das armas, aumentam a letalidade e melhoram as taxas de eficácia da missão projetada.
Está planejado para continuar em serviço na década de 2040. Conforme afirmou o coronel da Força Aérea dos EUA John D. Caldwell ao site oficial da Força Aérea norte-americana, o processamento de informações da aeronave ficou muito mais rápido após a última atualização.
Encontro de Zelensky e Sunak
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniu com o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak. Londres confirmou o fornecimento de "centenas de mísseis de defesa aérea e de sistemas aéreos não tripulados, incluindo novos drones de ataque de longo alcance".
O equipamento, que servirá para a Ucrânia "intensificar sua resistência à invasão russa", está previsto para ser entregue no próximo mês.
Além disso, o Reino Unido também começará a treinar pilotos ucranianos com jatos F-16 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com o objetivo de desenvolver uma "nova força aérea" para Kiev. No entanto, os britânicos salientam que não há previsão de dar F-16 aos ucranianos neste momento.
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