Mulher suspeita de cegar tatuador com soda cáustica é presa no PR
Uma mulher foi presa suspeita de ter jogado soda cáustica e ter cegado o ex-marido em fevereiro de 2023. O crime aconteceu em Campo Grande, mas a mulher foi detida em Curitiba na última terça-feira (25).
O que aconteceu
Sônia Obelar, de 42 anos, estava foragida por lesão corporal gravíssima. A Vara Criminal de Campo Grande expediu o mandado de prisão contra a mulher em março de 2022, mas ela fugiu da cidade após o crime.
O tatuador Leandro Coelho Marques, que tinha 31 anos na época, teve o rosto queimado e ficou cego. Ele ficou internado e perdeu completamente a visão do olho direito. O ataque teria acontecido por "problemas no relacionamento", segundo a Polícia Civil do Paraná.
Suspeita será transferida para Campo Grande. Sônia foi encaminhada ao sistema penitenciário e está em Curitiba.
O UOL tenta contato com as defesas dos envolvidos e com a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
O crime ocorreu em quando o tatuador chegava de moto em casa. A mulher, de quem estava separado havia quatro meses, estava à sua espera, após pedir para conversar. Segundo a polícia, ela estaria 'cuidando' da casa de Leandro.
Após o homem parar a moto, a mulher jogou soda cáustica no rosto dele. A vítima ainda conseguiu pilotar a motocicleta por alguns metros, mas, em seguida, parou e pediu socorro para um vizinho.
Câmeras de segurança mostraram a suspeita fugindo correndo na rua logo após o crime. A mulher estava foragida desde então.
Soda cáustica estava extremamente concentrada. Apesar de ter agido rapidamente, lavando o rosto com água de uma mangueira, o tatuador acabou perdendo a visão. A substância usada no ataque estava tão concentrada que, segundo a Polícia Militar, o agente que atendeu à ocorrência teve a luva derretida após entrar em contato com o capacete que a vítima usava. O material foi apreendido na delegacia local.
Para o delegado Felipe Madeira, que registrou o crime, a autoria está clara e definida e a intenção seria a de desfigurar o tatuador. Na época do caso, ele disse que o crime seria o ápice de uma perseguição da mulher, que não aceitava o término do relacionamento.
Irmã da vítima diz que Sônia era "doente de ciúmes". "Gente, essa mulher é psicopata, louca, doente de ciúmes porque ele é tatuador, e essa é profissão dele. A cliente escolhe, seios, nádegas para tatuar. Ele se separou dela por ser doente de ciúmes, a ponto de quebrar as coisas dentro de casa. Ela conseguiu o que queria, acabou com a profissão dele para não enxergar mais", disse Jaqueline Marques em redes sociais.
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