Suspeita de sequestrar Marcelinho Carioca é levada para cadeia de Tremembé

Eliane Lopes de Amorim, apontada como uma das responsáveis por sequestrar Marcelinho Carioca no ano passado, foi transferida para o presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.

O que aconteceu

Eliana foi levada no domingo (23) para a P2 Feminina de Tremembé. Anteriormente, ela cumpria prisão domiciliar pelo sequestro do ex-jogador de futebol, mas foi detida em flagrante na sexta-feira (21), por suspeita de participação em um grupo criminoso que aplicava golpes bancários no estado.

Antes da transferência, a mulher passou dois dias detida na Delegacia de Polícia de Guarulhos. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo não explicou o porquê de ela ter sido encaminhada a Tremembé, conhecido como o "presídio dos famosos".

Revogação da domiciliar foi solicitada pelo Ministério Público de São Paulo. O órgão entrou com o pedido na Justiça estadual após a prisão da suspeita na operação que investiga os supostos golpistas. A mulher estava em prisão domiciliar pelo sequestro de Marcelinho por ter filhos pequenos e, até então, ser ré primária.

Eliana continuou a praticar atos ilícitos, afirmou o MPSP. Para o órgão, as condições que garantiam benefício da domiciliar, como o fato de ser mãe de menores, não impediram a mulher de continuar com a suposta vida criminosa. A Justiça de São Paulo acatou o pedido e decretou a prisão da mulher.

O UOL entrou em contato com a defesa de Eliana, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.

Prisão por supostos golpes

A mulher foi presa com outras 11 pessoas em uma casa supostamente usada para golpes bancários. O local foi descoberto depois de denúncia anônima. A polícia teria feito campanha até encontrar o momento ideal para invadir o imóvel.

Parte do grupo tentou fugir. A mulher, suspeita de receber o dinheiro do sequestro de Marcelinho, também tentou empreender fuga, mas foi surpreendida pelos agentes.

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Relembre o caso Marcelinho

Marcelinho Carioca e a amiga Taís Moreira foram sequestrados em dezembro do ano passado. Eles foram levados em Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo. O ex-jogador disse que dirigiu até a casa da amiga após ter ido a um show de Thiaguinho, na Neo Química Arena, no sábado. A intenção era repassar a ela os ingressos do segundo show, previsto para domingo.

Os dois ficaram mais de um dia em cativeiro até serem liberados na tarde de segunda. Marcelinho relatou que foi abordado por três criminosos, recebeu uma coronhada e foi levado ao cativeiro, que ficava a poucos quilômetros de onde foram sequestrados. O carro dele, um modelo da Mercedes-Benz, foi deixado em outro local.

Os sequestradores se passaram por Marcelinho para pedir mais de R$ 40 mil e depois cobraram R$ 200 mil para soltá-lo. O advogado do ídolo corintiano fez a transferência de R$ 42 mil, mas o montante do resgate não foi pago porque a Polícia Militar já estava envolvida.

Depois disso, um vídeo do ex-jogador afirmando que tinha sido sequestrado pelo marido da amiga foi divulgado. Na filmagem, ele aparece no cativeiro com o olho esquerdo roxo, e a versão que conta é confirmada por Tais.

A polícia encontrou o cativeiro a partir de uma denúncia anônima. Cinco pessoas foram presas em flagrante, sendo três mulheres e dois homens.

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O ex-jogador se emocionou após ser encontrado e desmentiu o vídeo do cativeiro. Ele disse que foi obrigado a gravar com uma arma na cabeça, enfatizando que não se envolveu com a amiga e que o ex-marido dela não tinha participação no crime.

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