Conteúdo publicado há 1 mês

Menina de 8 anos é estuprada e morta na BA; vizinho confessou, diz polícia

Uma menina de oito anos foi estuprada e morta em Salvador. O corpo da criança foi encontrado pelos moradores no meio da rua na madrugada de terça-feira (23). Segundo a polícia, um vizinho da vítima confessou o crime.

O que aconteceu

Joseilson Souza da Silva, de 43 anos, foi preso e admitiu que cometeu os crimes contra Aisha Vitória Santos da Silva. Os policiais encontraram na casa dele uma boneca, que teria sido utilizada para atrair a vítima, e um par de sandálias da menina. Ela estava desaparecida desde o final da tarde de segunda-feira (22).

Ele se mudou para a Travessa São Jorge, no bairro de Pernambués, recentemente. "O homem não demonstrou nenhum tipo de arrependimento. Desde o início ele confessou o crime", disse Andrea Ribeiro, diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

O homem já havia sido preso em 2015, no município de São Gonçalo dos Campos. Na ocasião, ele também havia sido detido por crime sexual contra uma criança de sete anos.

A Polícia Civil suspeita que Joseilson esteja envolvido em crimes cometidos em outros estados. "O material genético dele será incluído no Banco Nacional de Perfis Genéticos para fazer o cruzamento de informações", informou Andrea Ribeiro.

Rogério Silva, pai de Aisha, disse nesta quarta-feira (24), quando o corpo da menina foi sepultado, que falou com o assassino confesso após a prisão. "Perguntei: 'Por que você fez isso com minha filha? E ele disse: 'Porque eu tive vontade de matar'. Aí os policiais mandaram eu me afastar", afirmou à TV Bahia, afiliada da Globo no estado.

O UOL não localizou a defesa de Joseilson. O espaço segue aberto para manifestação.

Como denunciar violência sexual

Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos. O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.

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Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados. O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.

Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.

Como denunciar violência contra crianças e adolescentes

Denúncias sobre violência contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100 (inclusive de forma anônima), na delegacia de polícia mais próxima e no Conselho Tutelar de cada município.

Se for um caso de violência que a pessoa estiver presenciando, pode ligar no 190, da Polícia Militar, para uma viatura ir no local. Também é possível se dirigir ao Fórum da Cidade e procurar a Promotoria da Infância e Juventude.

Quem não denuncia situações de perigo, abandono e violência contra crianças e adolescentes pode responder pelo crime de omissão de socorro, previsto no Código Penal. A lei Henry Borel também prevê punições pra quem se omite.

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Funcionários públicos que se omitem no exercício de seus cargos, em escolas, postos de saúde e serviços de assistência social, entre outros, podem responder por crime de prevaricação.

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