Câmera em farda mostra PM matando suspeito rendido com tiros à queima-roupa
Câmera acoplada na farda mostra o cabo da Polícia Militar Rafael Castanho Freitas matando um suspeito já rendido com dois tiros à queima-roupa, disparados na direção da cabeça do homem, em abordagem em Guarulhos (SP) na noite de 3 de agosto.
O que aconteceu
"Socorro", repete suspeito antes de ser morto. Danilo de Jesus Souza aparece nas imagens já rendido e deitado no chão. "Perdeu [sic], senhor", diz o suspeito em algumas ocasiões indicando rendição, conforme áudio captado no vídeo.
Vídeo mostra suspeito sendo agredido antes de ser baleado. "Olha o que você tá fazendo comigo, senhor", diz o homem em meio às agressões, como mostram as imagens. É possível ver sangue ao lado dele.
O agente envolvido na abordagem disse que Danilo de Jesus teria entrado em luta corporal e tentado sacar uma arma.
PM ameaçou suspeito antes de atirar. "Tira a mão da cintura, você vai tomar tiro! Põe a mão para trás", grita o agente. "Tá resistindo! Você vai tomar um tiro, caralh*", completa. Em seguida, ele atira.
Danilo tentava proteger o rosto com o braço quando foi atingido pelo primeiro tiro, mostra o vídeo. Quando o PM dispara pela segunda vez, ele já está de costas.
Corporação abriu inquérito policial militar para investigar o caso. A pistola usada pelo agente foi encaminhada para a perícia, assim como o revólver calibre 38 que estaria com o suspeito. O policial envolvido na operação não foi afastado, segundo a PM.
As imagens das câmeras corporais dos policiais, que registraram toda a ação, foram anexadas ao inquérito e compartilhadas com a Polícia Civil.
Trecho de nota encaminhada pela Secretaria da Segurança Pública de SP
Como foi a ação
Ação começou após PMs em patrulhamento identificarem dois suspeitos em um veículo furtado. A dupla saiu do carro e tentou fugir a pé.
Um deles foi detido sem ferimentos, de acordo com a corporação. Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse que o suspeito baleado foi levado ao Hospital Geral de Guarulhos, mas não resistiu aos ferimentos.
A SSP reproduziu a mesma versão de legítima defesa relatada pelo PM no BO. O UOL não localizou a defesa do cabo Castanho para que ele se posicionasse sobre o caso. O espaço segue aberto para manifestação.
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