Justiça nega liberdade a acusado de matar idoso com voadora em Santos

A Justiça de São Paulo negou o pedido de habeas corpus de Tiago Gomes de Souza, acusado de matar um idoso com uma voadora em Santos, em junho deste ano.

O que aconteceu

Com negativa do habeas corpus, Tiago segue preso em Tremembé II. Ele passou por audiência de instrução em 23 de setembro e, segundo movimentação do processo na quinta-feira (3), a Justiça aguarda manifestação da defesa.

Defesa não vai pedir novo habeas corpus ao STJ. Ao UOL, o advogado de defesa de Tiago, Eugênio Malavasi, afirmou que vai apresentar alegações finais e pedir para que o processo - que hoje é registrado como homicídio qualificado - seja desclassificado para lesão corporal seguida de morte.

Relembre o caso

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Idoso de 77 anos morreu após levar uma "voadora" no peito quando tentava atravessar a rua em Santos (SP). César Fine Torresi cruzava a rua de mão dada com o neto, de 11 anos, quando um carro dirigido por Tiago Gomes de Souza, um Jeep Commander, quase o atropelou, segundo testemunhas.

Após o idoso bater com a mão no capô do carro, houve um desentendimento. Então, o motorista de 39 anos desceu do veículo e o golpeou com os pés na região do peito. O caso foi registrado na rua Pirajá da Silva na tarde do dia 8 de junho.

O idoso bateu a cabeça ao cair no chão, segundo a Polícia Militar. Um médico que passava pelo local prestou os primeiros socorros e acionou o Samu. César foi socorrido à UPA Leste, segundo familiares.

Meu pai se assustou com o carro do agressor, um Jeep Commander, que quase o atropelou. Ele bateu com a mão no capô e o agressor desceu e golpeou meu pai com uma voadora.
Cesar Fine Torresi Filho, ao UOL

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Na UPA, o idoso teve paradas cardíacas e morreu. Ele também teve um quadro de traumatismo craniano, informaram os parentes de César.

Reconstituição do crime ocorreu na quinta-feira (13). Na simulação, Tiago se ajoelhou diante dos policiais e teria chorado. A delegada afirmou que a reconstituição foi solicitada porque a polícia não tinha imagens do momento em que o idoso foi agredido, além disso, uma testemunha e o suspeito do crime têm versões diferentes sobre o que ocorreu na ocasião.

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