Conteúdo publicado há 20 dias

Colégio Brasileiro de Radiologia processa médica que mentiu sobre câncer

O CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem) entrou com Ação Civil Pública contra a médica Lana Almeida, que alegou falsamente que câncer de mama não existe.

O que aconteceu

O órgão alega que a atitude da médica pode causar grandes danos a sociedade e significa uma prática abusiva. O processo corre no TJPA (Tribunal de Justiça do Pará) e foi impetrado na quinta-feira (31).

A médica Lana Almeida publicou vídeo nas redes sociais alegando de maneira mentirosa que câncer de mama não existe. A mulher tem registro ativo no CRM-PA (Conselho Regional de Medicina do Pará). Após repercussão, a entidade passou a investigar a médica — com os procedimentos correndo em sigilo.

No processo obtido pelo UOL, o Colégio argumenta que as fake news espalhadas oferecem um grande perigo à sociedade e "prejudicam a prevenção e o tratamento". Se condenada, a médica terá que reparar o dano causado. Não há especificação dessa reparação, se seria material ou moral.

O valor da causa é de R$ 10 mil. A associação pede 1 real de indenização para cada seguidor da médica no Instagram, onde o vídeo foi publicado.

O UOL tenta contato com a defesa de Lana Almeida. Caso tenha manifestação, o texto será atualizado.

Sem residência, médica se apresenta como "especialista"

A médica, que não tem especialização alguma registrada no CRM-PA, se apresenta nas redes sociais como "especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas". No Instagram, Lana tem mais de 10 mil seguidores. Após repercussão do caso, a conta foi privada.

No vídeo publicado em sua conta, a mulher afirma de maneira mentirosa que "câncer de mama não existe": "Esqueçam o outubro rosa", defende.

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O CBR emitiu nota repudiando o ato da médica. Em comunicado enviado ao UOL, o colégio narra que a mamografia é um dos exames mais eficazes e quando o tumor é identificado precocemente, a cura pode chegar a 98% dos casos.

O acesso da mulher ao exame de mamografia pode salvar vidas e evitar tratamentos mais onerosos em estágios avançados do câncer de mama, trazendo desgastes para pacientes e a gestão do SUS.
Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, em nota

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