Rogério de Andrade é preso por suspeita de mandar matar rival no Rio
O contraventor penal Rogério de Andrade foi preso na manhã desta terça-feira (29) no Rio de Janeiro.
O que aconteceu
Denúncia do Ministério Público afirma que Andrade é mandante do assassinato de Fernando de Miranda Iggnacio. Iggnacio foi morto em 2020 em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes.
Bicheiro foi preso em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, área nobre do Rio de Janeiro. Ele foi levado à Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho.
A operação também prendeu Gilmar Eneas Lisboa. Segundo o MP, Lisboa foi o responsável pelo monitoramento da vítima, auxiliando Andrade no crime.
Os dois foram denunciados pelo homicídio qualificado de Iggnácio. Esta não é a primeira denúncia feita pelo MP contra o bicheiro, que teve ação penal trancada pelo Supremo Tribunal Federal em 2022 por "falta de provas que demonstrem seu envolvimento com o crime".
Iggnácio e Rogério eram, respectivamente, genro e sobrinho do contraventor Castor de Andrade. Castor morreu em 1997 e, desde então, a violência na disputa pelo jogo do bicho no Rio de Janeiro escalou.
O UOL não encontrou a defesa dos presos até o momento. Em abril, o advogado de Andrade, André Callegari, formalizou o abandono da defesa dele.
Rogério Andrade deve ficar em presídio federal
A Justiça do Rio determinou que Andrade seja transferido a um presídio federal. O contraventor vai primeiro para o presídio de Benfica, na zona norte, onde passará por audiência de custódia. Depois, vai para o Complexo de Gericinó, na zona oeste.
Fabíola, rainha da bateria da Mocidade, está com Rogério há dez anos. Eles têm dois filhos juntos. Fabíola já ocupou o cargo de musa da Mocidade em 2016 e é presença frequente nos desfiles e ensaios da agremiação.
Após a morte do tio, ele foi acusado de matar os demais herdeiros do espólio. Paulo Roberto foi assassinado no ano seguinte. Rogério chegou a ser apontado como mandante, mas foi absolvido posteriormente. Assim como Paulo, Iggnácio também foi assassinado. Rogério mais uma vez foi ligado à morte, mas a ação penal foi encerrada pelo STF.
Com a morte de Castor, os contraventores passaram a travar uma sangrenta disputa pelo controle do jogo do bicho. Segundo investigações da Polícia Federal, mais de 50 assassinatos até 2007 são atribuídos à guerra da contravenção.
Ele foi vítima de um atentado com granada. Em 2010, granadas foram instaladas dentro de seu carro. Seu filho Diogo morreu, mas Rogério sobreviveu, passando apenas por cirurgias no rosto. No documentário "Vale o Escrito", Rogério é descrito como "senhor do crime", por Bernardo Bello, ex-marido de Tamara Garcia, que faz parte de outra família importante no jogo do bicho carioca.
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