Piquet doa R$ 200 mil ao PL; ex-piloto já destinou R$ 501 mil a Bolsonaro
Pedro Vilas Boas
Colaboração para o UOL
01/09/2022 08h37Atualizada em 01/09/2022 09h57
O ex-piloto de automobilismo Nelson Piquet doou R$ 200 mil ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição nas eleições deste ano. O empresário já havia destinado R$ 501 mil diretamente à campanha do chefe do Executivo.
De acordo com a plataforma "Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais", do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), essa nova doação foi feita pelo ex-piloto em 24 de agosto por meio de transferência eletrônica.
A destinação de R$ 500 mil feita por Piquet a Bolsonaro representa a maior doação de pessoa física para a campanha do candidato à reeleição até o momento. Ao todo, o presidente conta com R$ 12.407.596 milhões disponíveis para campanha.
Segundo a plataforma do TSE, o presidente já recebeu R$ 2.317.596 milhões somente de pessoas físicas. Depois do ex-piloto, aparecem como maiores doadores o vice-prefeito de Não-Me-Toque (RS), Gilson Lari Trennepohl (R$ 350 mil), e o ex-prefeito de Santa Carmem (MT) Alessandro Nicoli (R$ 100 mil).
Relação com Bolsonaro
O tricampeão mundial de Fórmula 1 segue atuando como empresário e, com nome influente em Brasília, se aproximou do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos tempos.
Em entrevista concedida à RedeTV!, ele detalhou a aproximação com o político e não escondeu o seu apoio aos atos do agora amigo.
Fiquei fã dele. Eu o conheci, ele me convidou para almoçar e a gente se deu bem. Nunca me envolvi em política na vida, hoje sou Bolsonaro até a morte. Se a gente não ajudar ele, se o povo não ajudar ele... eu acho que ele é a salvação do Brasil. Nelson Piquet, ex-piloto e empresário
A admiração fez com que Piquet virasse "chofer" de Bolsonaro por um dia. A cena aconteceu no Dia da Independência, em 7 de setembro de 2021. O ex-piloto dirigiu o Rolls-Royce presidencial na chegada do presidente à cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional.
Piquet também já participou em comícios do atual presidente. Em um deles, no ano passado, o ex-piloto pediu a palavra ao político para criticar a TV Globo, chamando a emissora de "Globolixo", discurso já utilizado pelo chefe do Executivo e seus apoiadores.