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Toledo: Para Boulos, é melhor enfrentar Marçal do que Nunes em um 2º turno

Para o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL-SP), é melhor enfrentar Pablo Marçal (PRTB-SP) do que o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) em um eventual segundo turno em outubro, afirmou o colunista do UOL José Roberto de Toledo durante participação no UOL News 2ª Edição desta quinta-feira (22).

Pesquisa do Datafolha para intenção de voto no 2º turno divulgada hoje mostrou que Nunes tem 47% no 2º turno de São Paulo, contra 38% de Boulos, que perderia a eleição nesse cenário. Pablo Marçal não foi incluído na simulação porque ainda não estava empatado na liderança das intenções.

Do ponto de vista da estratégia, os dois [Boulos e Marçal] querem tirar o Nunes da frente, porque ele é o que tem maior chance, tem a máquina e vários fatores ao seu favor. [Ele também] tem mais chances de pegar um eleitor que está mais neutro, de centro, que não está nem de um lado, nem de outro. José Roberto de Toledo, colunista do UOL

Para ser bem sincero, não gosto muito dessas pesquisas que simulam o segundo turno antes do segundo turno, nem as pesquisas de véspera do primeiro turno. Porque, imagina só, se coloca na posição de uma pessoa que não consome política sete dias por semana e que só pensa em política a cada dois anos quando vai votar. (...) Pedir para ele simular um segundo turno é pedir para ir muito longe. José Roberto de Toledo, colunista do UOL

A gente vê até hoje os bolsonaristas mostrando aquelas pesquisas de simulação de segundo turno antes da eleição de 2018 que dava o Haddad na frente do Bolsonaro para dizer que as pesquisas não funcionam. Agora, do ponto de vista estratégico, não resta dúvida: se o meio, o centro, estiver desocupado, quem tiver a pecha de menos radical vai levar vantagem. Por incrível que pareça, o Marçal fez tanto que, aparentemente, vai conseguir ser mais radical que o Boulos. José Roberto de Toledo, colunista do UOL

Toledo ressalta que, ainda que Marçal tenha subido sua intenção de voto na última pesquisa, sua rejeição também aumentou na mesma proporção.

O Marçal, quando faz aquele escarcéu todo, ele ganha simpatia de uma parte do eleitorado, mas ganha ódio do outro. Do mesmo jeito que ele cresceu em intenção de voto, ele cresceu em rejeição: 25% diziam não votar nele em maio, subiu para 29% em julho, 30% no começo de agosto e agora bateu em 34%. Boulos também está crescendo, primeiro 32%, 33%, 35% e agora vai até 37%. Mas 37 e 34 estão ali. Já o Ricardo Nunes tem a vantagem de ser desconhecido, ele tem uma rejeição 10 pontos a menos que os dois. José Roberto de Toledo, colunista do UOL

Por isso que no segundo turno, que é uma eleição por eliminação: você escolhe em quem você não quer que seja eleito, você vota na pessoa que vai derrotar a pessoa que você não quer de jeito nenhum, é o único cenário que o Nunes tem vantagem. O problema dele agora passa a ser outro, chegar no segundo turno. O grande empecilho vai ser realmente o Marçal. José Roberto de Toledo, colunista do UOL

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