Norte-americana é presa acusada de conspiração e envolvimento com terroristas
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (10) que uma mulher do Estado de Pensilvânia foi acusada por conspiração, apoio material a terroristas e também pela tentativa de assassinato de uma pessoa no exterior.
Collenn LaRose, 46, autodenominada "Jihad Jane" e "Fátima Larose”, ainda é acusada por ter feito declarações falsas a um oficial do governo e por falsificação de documentos. Ela foi presa no dia 15 de outubro de 2009 na Filadélfia e conduzida ao Centro de Detenção Federal, onde permanece detida, segundo um porta-voz da procuradoria dos Estados Unidos.
LaRose e mais cinco homens estão sendo incriminados por recrutar via internet militantes para uma “jihad (Guerra Santa islâmica) violenta no sul da Ásia e na Europa”, segundo um comunicado do Departamento de Justiça. Se condenada, LaRose pode pegar prisão perpétua e ter que pagar uma multa no valor de US$ 1 milhão.
A conspiração começou em junho de 2008, quando LaRose postou um comentário no YouTube, sob o apelido de “JihadJane”, dizendo estar “desesperada para fazer alguma coisa pra ajudar os muçulmanos”, de acordo com a acusação.
De dezembro de 2008 a outubro de 2009, LaRose se envolveu em uma comunicação eletrônica com os cinco co-conspiradores compartilhando seu desejo de realizar a jihad e se tornar mártir.
Os planos desenvolvidos pelos supostos conspiradores envolviam a transferência de dinheiro para terroristas e o envio de passaportes roubados e outros documentos para que os criminosos pudessem entrar em países do ocidente sem enfrentar problemas.
Segundo autoridades norte-americanas, LaRose foi bem sucedida na sua iniciativa de recrutar aliados para a sua causa. Ela também conseguiu levantar quantia considerável de dinheiro e estabelecer contato com jihadistas no sul da Ásia, Europa Ocidental e Europa Oriental. A acusação, contudo, não aponta ligação dela com organizações terroristas específicas.
LaRose também teria recebido uma ordem para matar um cidadão residente da Suécia de um modo que "assustasse todo o mundo". Embora o alvo do ataque não tenha sido divulgado, segundo um funcionário do Departamento de Justiça ele seria o cartunista sueco Lars Vilks, que em 2007 fez desenhos satirizando o profeta islâmico Maomé.
Ainda de acordo com a acusação, LaRose e os outros conspiradores acreditavam que a aparência e a cidadania norte-americana os ajudaria a realizar seus planos. A acusada teria até concordado em casar com um dos conspiradores para obter o visto de residente em um país europeu.
LaRose também teria feito uma viagem para a Europa com o objetivo de assassinar o alvo na Suécia, mas não conseguiu realizar seu objetivo. Duas semanas depois ela foi presa.
*Com informações da CNN
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