Navio de ajuda ocupado só por mulheres deve seguir para Gaza nos próximos dias
![O "Julia" está ancorado no porto de Trípoli, ao norte do Líbano, e deve sair em direção à Gaza nos próximos dias - AP](https://n.i.uol.com.br/noticia/2010/06/21/o-navio-julia-esta-ancorado-no-porto-de-tripoli-ao-norte-do-libano-e-deve-sair-em-direcao-a-gaza-nos-proximos-dias-1277155717228_615x300.jpg)
Um navio com ajuda humanitária, ocupado apenas por ativistas mulheres, recebeu autorização do governo do Líbano para partir com destino à faixa de Gaza nesta segunda-feira (21). A embarcação deve seguir primeiro para Chipre e nos próximos dias chegar à Gaza, segundo informações do jornal "The Jerusalem Post".
“Recebemos permissão para ir a Chipre e agora estamos preparando os detalhes finais”, afirmou o sírio de origem palestina Yasser Kashlak, que lidera a organização Movimento Palestina Livre (Free Palestine Movement) que lidera a viagem.
Ataque de Israel mata nove ativistas
Marinha de Israel atacou, no dia 31 de maio, uma frota de seis embarcações com ativistas que tentavam furar o bloqueio à faixa de Gaza e entregar suprimentos à região. Ao todo, nove ativistas turcos morreram
Segundo os organizadores, o navio deve chegar à Gaza nos próximos dias, mas nenhum deles confirmou a data exata de partida do navio devido a preocupações com a segurança.
De acordo com informações de um ministro, o Líbano deu permissão a outra flotilha que deve sair de Tripoli, segunda maior cidade do país, para Gaza.
O ministro dos Transportes do país, Ghazi Aridi, disse que o navio com o nome de “Julia” tem registro francês está ancorado no porto de Tripoli. A embarcação pode deixar o local a qualquer momento, já que passou por todas as inspeções portuárias. Segundo Aridi, a missão foi nomeada de “Mariam” –em alusão a “Maria”, mãe de Jesus-- e deve seguir para o Chipre primeiro.
Aridi ressaltou que o governo do Líbano deve assumir total responsabilidade sobre a rota do navio, além de sua carga e das ativistas a bordo – tanto estrangeiras, quanto libanesas.
A embaixadora israelense na ONU, Gabriela Shalev, alertou na sexta-feira que a tentativa dos organizadores da flotilha em navegar para Gaza a partir do Líbano poderia aumentar as tensões e prejudicaria a paz e segurança entre as duas nações.
Shalev destacou em particular a saída de navios do Líbano, que “permanece em estado de hostilidade com Israel” e citou uma “possível ligação” entre os organizadores da missão e o grupo Hezbollah.
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