Câmara do parlamento francês aprova lei que proíbe o uso de burca em locais públicos
![Mulher usa o niqab em um mercado de Venissieux, cidade próxima a Lyon, no leste da França - Philippe Desmazes/AFP](https://n.i.uol.com.br/noticia/2010/07/13/mulher-usa-o-niqab-em-um-mercado-de-venissieux-cidade-proxima-a-lyon-no-leste-da-franca-1279038029063_615x300.jpg)
A Câmara baixa do parlamento francês aprovou nesta terça-feira (13) a proibição do uso de véus islâmicos que cobrem o rosto --como a burca e o niqab-- em locais públicos por 336 votos a favor do projeto e um contra. A maioria dos integrantes do principal grupo de oposição à proposta, o Partido Socialista, se recusou a participar da votação.
Após o pleito de hoje, a proibição de véus islâmicos vai para o Senado em setembro, onde tem grandes chances de ser aprovado. A maior dificuldade do projeto
O principal órgão que representa os muçulmanos franceses disse que véus que cobrem o rosto não são obrigatórios pelo Islã e teme que a lei estigmatize todos os muçulmanos.
A proibição dos véus é uma posição muito popular entre os eleitores franceses, apesar da preocupação dos grupos muçulmanos e defensores dos direitos humanos.
O niqab e a burca são geralmente vistos na França como porta de entrada para o extremismo e um ataque aos direitos das mulheres.
Embora poucas mulheres muçulmanas cubram o rosto por razões religiosas na França --cerca de 2.000, segundo dados oficiais-- o debate sobre a proibição ganhou intensidade nos últimos meses, dando lugar a uma série de questionamentos sobre o lugar do islã no país.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, lançou o debate na arena política em junho de 2009 ao afirmar que a burca "não seria bem-vinda no país", pois "é um sinal de servidão".
No começo de novembro do ano passado passado, durante um discurso sobre identidade nacional, o presidente voltou a dizer que "a França é um país onde não há lugar para burca nem para submissão da mulher sob nenhum pretexto, nenhuma condição e nenhuma circunstância".
A França é o único país europeu a ter proibido por lei, em 2004, o porte de qualquer símbolo religioso em lugares públicos, sobretudo nas escolas.
A oposição de esquerda acusa Sarkozy de usar o tema para se aproximar dos eleitores de extrema-direita.
*Com informações de agências de notícias
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