Pela segunda vez em um mês, polícia evacua Torre Eiffel após suspeita de bomba
A polícia francesa retirou os visitantes da Torre Eiffel e do parque onde fica o monumento na noite desta terça-feira (28) após suspeita de bomba no local. Nenhum explosivo foi encontrado.
Uma autoridade policial, citada pela rede de notícias norte-americana CNN, afirmou que a evacuação aconteceu depois de uma denúncia feita desde uma cabine telefônica na região da torre.
Após revista policial, o tráfego de veículos na região foi reaberto e a visitação à torre foi retomada.
Esta é a segunda vez em menos de um mês que o monumento parisiense é esvaziado por esse tipo de alerta. No último dia 14, a polícia também retirou todas as pessoas da região após uma denúncia anônima, sem encontrar explosivos.
Estação de trem evacuada ontem
Ontem, uma das principais estações de trem de Paris, a Gare Saint-Lazare, também chegou a ser evacuada após um falso alerta de bomba.
Cronologia
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14
de setembro
A Torre Eiffel, o Campo de Marte e a estação ferroviária de Saint-Michel são temporariamente evacuados pela polícia parisiense após telefonema anônimo denunciar ameça de bomba. Nenhum explosivo é encontrado
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20
de setembro
França eleva o nível de sua vigilância antiterrorista, sobretudo nos transportes públicos, por causa da existência de uma ameaça de atentado suicida. O ministro do Interior da França, Brice Hortefeux, afirma que a ameaça de ataque na França é "real"
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27
de setembro
A polícia de Paris evacua a estação Saint Lazare, uma das principais da cidade, depois de um alerta de bomba feito por um telefonema anônimo. As forças de segurança investigam o local, mas não encontram nada
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28
de setembro
Pela segunda vez em menos de um mês, Torre Eiffel e Campo de Marte são esvaziados após falsa denúncia de bomba
Depois do falso alerta, recebido às 13h40 (08h40 no horário de Brasília), a polícia enviou "equipes especializadas" para inspecionar a estação, mas nada foi encontrado.
Ameça iminente de atentado
Na última semana, o ministro do Interior da França, Brice Hortefeux, afirmou que a ameaça de ataque na França é "real".
"O governo se baseia em informações de um país amigo, que indicam que a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI) pode cometer um atentado na França", afirmou uma fonte dos serviços de segurança do país.
Duas redes jihadistas distintas, até então células adormecidas, com recursos financeiros na França, teriam sido ativadas recentemente com a chegada ao país de islamitas radicais, possivelmente de volta do Paquistão e Afeganistão.
Fontes dos serviços de inteligência afirmaram à AFP que os elementos disponíveis elevam a ameaça a um "nível muito alto".
"Não sabemos quando e onde acontecerá o atentado, mas sabemos que acontecerá", afirmou uma fonte, que pediu anonimato.
Com a aprovação, no dia 14 de setembro, de uma lei que proíbe o véu islâmico integral em locais públicos, a participação do contingente francês nos combates no Afeganistão e o ataque em julho de um comando francês a uma base da AQMI, que deixou sete mortos entre os jihadistas, a lista de motivações para os extremistas contra Paris é longa.
A França já foi cenário de atentados islamitas no verão de 1995, quando oito pessoas morreram e 200 ficaram feridas.
*Com agências de notícias internacionais
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