14º dia de protestos no Egito; Obama vê avanços no processo político do Egito

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta segunda-feira que o processo político do Egito está apresentando avanços depois do início das negociações entre a oposição e o governo.

"Obviamente, o Egito tem que negociar um caminho e estão fazendo progressos", declarou aos jornalistas depois de discursar na Câmara do Comércio americano.

Neste domingo, o novo gabinete do Egito fez a primeira reunião desde o inicio dos protestos, há 14 dias. Ontem, o vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, e representantes da oposição acordaram que serão realizadas reformas constitucionais, lideradas por um comitê formado por representantes de diversos setores do país. Segundo o porta-voz do governo, Magdi Radi, as mudanças devem acontecer antes da primeira semana de março.

Quase 300 mortos

(18h44) Pelo menos 297 pessoas morreram no Egito desde o início dos protestos contra o ditador Hosni Mubarak há duas semanas. A conta é da organização Human Rights Watch.

Cotação do petróleo recua

(19h42) Com as expectativas de que o fim dos conflitos no Egito pode estar próximo, os preços internacionais do petróleo fecharam em baixa nesta segunda-feira.

Executivo do Google é localizado

(16h49) Wael Ghonim, o executivo do Google que foi detido durante protestos no Egito, foi libertado nesta segunda-feira (7) pelas autoridades egípcias, segundo confirmou a própria companhia. "Enorme alívio -- Wael Ghonim foi libertado. Nosso amor a ele e a sua família", escreceu a companhia em seu Twitter.

Mubarak aumenta salário de servidores

(16h37) O presidente egípcio, Hosni Mubarak, tentou ganhar tempo frente aos protestos de rua contra seu regime, prometendo nesta segunda-feira aumentar o salário dos funcionários públicos em 15%. A decisão foi anunciada na reunião com o gabinte, a primeira com todos os ministros desde o início dos protestos contra ele.

Líder do Hezbollah diz que protestos mudarão "face da região"

(15h49) O líder do movimento xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, acredita que o êxito da revolta popular no Egito, que começou há 14 dias, poderá mudar a face da região. "Nós não interferimos em assuntos externos, mas quero dizer que achamos que o êxito do Egito vai transformar, de modo total, a face da região", afirmou Nasrallah em uma fita de vídeo gravada durante um comício em apoio às manifestações no Egito.

Alemanha suspende exportação de armas para o Egito

(15h33) A Alemanha suspendeu a exportação de armas ao Egito, alegando a preocupação com os direitos humanos durante os protestos que exigem a renúncia do presidente Hosni Mubarak, há 30 anos no poder. Autorizações que já foram concedidas serão reavaliadas pelo Ministério da Economia alemão.

Clima cordial

(15h09) Palco de violentas manifestações na semana passada, o clima no local nesta segunda-feira é cordial e tranquilo, relata o enviado especial da Folha ao Egito, Samy Adghirni.

Sem prazo para normalidade

(14h54) O embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, estimou nesta segunda-feira (7), em entrevista à Agência Brasil, que não é possível estimar quando o Egito voltará à normalidade, após duas semanas de protestos populares pela renúncia do presidente, Hosni Mubarak.

O embaixador também confirmou que apresentará até sexta-feira (11) ao governo egípcio uma queixa formal, por meio de uma nota de protesto, a respeito da agressão a jornalistas brasileiros e do impedimento de um diplomata de dar assistência a brasileiros, no Hotel Ramses Hilton, no Cairo.

Ministros se reúnem para tentar retomar a estabilidade no Egito

(13h49) O Conselho de Ministros do novo gabinete designado pelo presidente egípcio Hosni Mubarak se reuniu nesta segunda-feira pela primeira vez por completo, presidido pelo primeiro-ministro, Ahmed Shafiq, segundo informações de fontes oficiais do governo. Segundo a agência oficial "Mena", na reunião foram analisados os últimos eventos relativos à situação do país e revisados os trabalhos do governo para conseguir restabelecer a segurança e a estabilidade no país, assim como a volta à normalidade de instituições e cidadãos.

Redução na violência

(12h54) Nesta segunda-feira, não foram registrados casos de violência na praça, embora um ataque com foguetes a uma base das forças de segurança do Egito, na cidade de Rafah, na península do Sinai, tenha ferido um oficial. Ontem, grupos da oposição se reuniram com o vice-presidente egípcio. O diálogo foi considerado bom, mas insuficiente para encerrar os protestos.

Soldados patrulham a Esfinge

(12h48) Soldados patrulham a Esfinge, em uma área que está com o acesso restrito ao lado das pirâmides do Egito.

Pelo menos 160 mil turistas estrangeiros deixaram o país na última semana. 

Segundo o banco de investimentos Crédit Agricole, a crise do Egito custa ao país aproximadamente US$ 310 milhões por dia -- boa parte dessas perdas referentes à crise no turismo.

Restauração de obras danificadas começará essa semana

(11h10) Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo das Antiguidades egípcio, anunciou nesta segunda-feira que os objetos de arte do Museu do Cairo danificados por saqueadores começarão a sere restaurados ao longo dos próximos cinco dias. Entre os objetos danificados está uma estátua do rei Tutancâmon, em pé sobre uma pantera e um sarcófago de madeira do período Novo Reino, que datam aproximadamente 3.500 anos, e dois crânios mumificados também foram atingidos. As informações são da Al Jazeera.

Mais de 20 pessoas já tentaram atear fogo no próprio corpo na Argélia

(10h58) As tentativas de pessoas desesperadas de atear fogo no próprio corpo devido às péssimas condições de vida na Argélia não param de acontecer em diferentes regiões do país.  Só no domingo foram registrados mais cinco novos casos, segundo fontes locais. Desde meados de janeiro, 20 argelinos, entre eles uma mulher, tentaram queimar o próprio corpo em protesto pela precariedade econômica.

Segundo WikiLeaks, vice do Egito tem confiança dos EUA

(10h43) O novo vice-presidente egípcio, Omar Suleiman, goza de plena confiança do ditador do país, Hosni Mubarak, e é ao mesmo tempo um firme e velho aliado dos Estados Unidos, segundo documentos obtidos pelo site Wikileaks e publicados nesta segunda-feira pelo jornal britânico "Financial Times". Segudo as informações, a atual embaixadora americana no Cairo, Margaret Scobey, qualifica Suleiman de político "pragmático com uma aguda mente analítica" e elogia sua "visão e influência".

Manifestantes realizam funeral simbólico

(9h12) Manifestantes reunidos na praça Tahrir, no centro do Cairo, realizaram nesta segunda-feira um funeral simbólico, segundo informações da rede do Qatar Al Jazeera. O ato foi uma homenagem ao jornalista Ahmed Mahmoud. Ele foi morto durante conflitos entre opositores e apoiadores de Mubarak, na semana passada. Mahmoud filmava os protestos quando foi atingido por um tiro no olho, como informou o jornal egípcio Al-Ahram.

Oposição monta "quartel da revolução" no Cairo

(7h27) Uma pequena agência de turismo da empresa aérea egípcia Al Masria está sendo usada como centro de coordenação das ações voluntárias de apoio aos manifestantes acampados há 13 dias na praça Tahrir, no centro do Cairo, epicentro do levante antigoverno. O local é chamado de "quartel general da revolução" pelos manifestantes.

Jovens formam grupo de coalizão no Egito

(6h51) Os grupos de jovens que iniciaram a revolta contra o presidente egípcio Hosni Mubarak formaram uma coalizão e anunciaram que não pretendem desocupar a praça Tahrir, no Cairo, até que o chefe de Estado renuncie ao poder. Em um comunicado, a "Direção Unificada dos Jovens Revolucionários Revoltados" promete não abandonar a praça, ocupada com outros manifestantes desde 28 de janeiro, até que suas reivindicações sejam atendidas. A primeira exigência é a "renúncia do presidente".

Humor é a arma dos manifestantes egípcios

(6h15) Se existe alguma marca na revolta popular no Egito essa pode ser atribuída ao humor que, como símbolo da identidade nacional, está presente em brincadeiras, palavras de ordem e cartazes como o que diz: "Leite Mubarak, data de validade 25/01/2011". A agência EFE também destaca a presença de famílias durante os protestos na praça Tahrir, em Cairo.

Fox News entrevista Barack Obama

(2h) Em entrevista ao canal americano Fox News, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o povo egípcio "não irá consentir" que um regime repressivo tome o poder e que uma transição "ordenada" para um novo governo irá reduzir a possibilidade de que um regime radical controle o Egito.

ElBaradei fala à CNN

(0h) O líder de oposição Mohamed ElBaradei disse à CNN que a situação do Egito se mantém um impasse  enquanto o presidente Hosni Mubarak se recusa a deixar o poder. "Eu espero que alguém lhe mande uma mensagem, não sei de que forma, que pelo bem do país, pela sua própria dignidade, para neutralizar essa crise, é melhor que ele desista do cargo".