Temendo confronto com policiais, manifestantes encerram protesto contra Obama
Temendo um confronto com as forças de segurança que cercam as proximidades da Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, os organizadores de um manifesto contra a visita do presidente dos EUA, Barack Obama, decidiram interromper uma passeata e não avançar até o ponto final previsto no local onde Obama vai discursar na tarde deste domingo (20).
Dezenas de policiais a cavalo se posicionaram na Cinelândia para "receber" os manifestantes, que consideraram a ação uma cilada. Por volta das 13h30, os manifestantes se reuniram para fazer uma espécie de juramento conjunto.
"Reiteramos a nossa preocupação que não devemos aceitar fazer qualquer tipo de provocação. Isso é uma manifestação unitária e pacífica", pronunciaram juntos, antes de se dispersarem.
Cerca de 300 pessoas começaram a caminhar por volta das 13h após se concentrarem em uma praça no bairro da Glória, próximo à Cinelândia.
A manifestação foi organizada por movimentos sociais e sindicatos, como o MST, a CUT, a UNE, assim como partidos políticos como o PSOL, PSTU e o PCB. Segundo anunciaram os organizadores, este é o “dia de luta contra o imperialismo”.
Um dos representantes do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros), Rafael Duarte, disse que o protesto era uma crítica à visita de Obama, ao interesse dos EUA pelo pré-sal brasileiro e aos ataques da força de coalização na Líbia.
Para Socorro Gomes, presidente da Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos povos de luta pela paz), os EUA têm se portado como “inimigos da paz” ao autorizar, em solo brasileiro, durante encontro com Dilma Rousseff em Brasília, o ataque à Líbia.
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