Suu Kyi, Nobel da Paz em 1991, ganha cadeira do Parlamento de Mianmar, diz seu partido
Aung San Suu Kyi, Nobel da Paz em 1991, ganhou a cadeira do Parlamento de Mianmar pela qual concorreu contra seus rivais, anunciou seu partido, a opositora Liga Nacional pela Democracia, após a votação das eleições legislativas parciais realizadas neste domingo.
O país do sul da Ásia viveu sob um regime ditatorial de 1962 até o ano passado. No entanto, o novo regime "civil" do país ainda é liderado por militares e ex-militares. O ex-primeiro ministro birmanês Thein Sein foi eleito presidente nas eleições de fevereiro de 2011.
A eleição deste ano é de grande importância para o Ocidente, que, depois de ter isolado a Junta Militar por décadas e de tê-la submetido a sanções econômicas, apoia os esforços do novo governo.
A Liga Nacional pela Democracia (LND), partido em que Suu Kyi construiu toda sua carreira, participou de eleições pela última vez em 1990, quando venceu 80% dos assentos na Assembleia, mas foi impedido de assumi-los pelo regime militar, que voltou atrás depois de acenar com alguma abertura política no fim dos anos 80. Desde então, Suu Kyi passou a maior parte do tempo em prisão domiciliar. Em 2010, a opositora estava ainda em prisão domiciliar quando seu partido boicotou o pleito.
Nos últimos meses, o partido de Suu Kyi denunciou casos de intimidação de candidatos por parte do governo e irregularidades na organização das listas de eleitores. O presidente Thein Sein reconheceu "erros inúteis".
Para enfrentar eventuais contestações, na semana passada, 150 observadores estrangeiros foram convidados para monitorar as eleições no país. Eles reclamaram das condições em que foi feito o convite – com pouca antecedência, admitindo no máximo dois representantes por país. Mesmo assim, o gesto tardio foi elogiado como sinal de que Naypyidaw quer que essas parciais tenham sucesso, para negociar melhor a suspensão de sanções.
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