Polícia prende 91 por fraude de US$ 430 milhões contra o Medicare nos EUA
Noventa e uma pessoas foram presas esta semana em sete cidades dos Estados Unidos durante operação de combate à fraude ao Medicare (sistema de seguro de saúde gerido pelo governo federal destinado a idosos e deficientes). O grupo é suspeito de causar um prejuízo estimado de U$ 430 milhões aos cofres públicos. Um balanço da operação foi apresentado nesta quinta-feira (4) no Departamento de Justiça, em Washington (EUA).
Os suspeitos detidos são médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Eles foram presos nos Estados da Louisiana, Nova York, Illinois, Texas, Califórnia e Flórida e são acusados pelos crimes de fraude à saúde, formação de quadrilha, violação às leis antisuborno e lavagem de dinheiro, de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Uma investigação coordenada pelos Departamentos de Justiça e de Saúde do país constatou fraude de US$ 230 milhões em serviços de atentimento domiciliar, mais de US$ 100 milhões nos serviços de saúde mental e US$ 49 milhões no setor de ambulância.
O Secretário de Justiça, Eric Holder, alertou que existe uma “tendência alarmante e inaceitável” de pessoas que se aproveitam dos programas governamentais de atenção médica, como o Medicare, “para roubar milhões de dólares dos contribuintes em benefício próprio”.
A Secretária de Saúde do país, Kathleen Sebelius, destacou que a lei de reforma sanitária aprovada em 2010 deu “novas ferramentas” para combater a fraude ao Medicare. Além das pessoas presas, outros 30 profissionais de saúde foram suspensos de suas atividades por suspeita de fraude.
Esta operação foi a mais recente realizada por uma força-tarefa de combate a fraudes ao Medicare. O grupo foi criado junto com a lei de reforma da saúde como um meio para evitar o desperdício, fraude e abuso dentro do programa do governo federal que beneficia 50 milhões de pessoas e cujo orçamento é de US$590 bilhões. (Com Reuters e Efe)
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